Acadêmicos de Pone (por TTP)

Não vou ficar aqui perdendo o seu precioso tempo, caro leitor, tentando explicar o que é academicismo, até porque nem mesmo tenho conhecimento suficiente para isso, mas vou me resumir ao seu sentido pejorativo adquirido nos últimos anos.

O que mais há no mundo, principalmente nestes tempos de rede social, são os portadores de doutorado em coisa nenhuma. Acadêmicos do nada.

Estes intelectuais, que se gabam de tudo saber um pouco, sem saber absolutamente muita coisa sobre quase tudo, lançam mão de uma retórica vazia, porém de tom professoral.

No Fluminense não seria diferente. Temos todo tipo de especialista incapacitadamente capacitado para debater os menores detalhes que fazem parte do dia-a-dia de um clube de futebol. Contratações de jogadores, administração financeira, logística, medicina esportiva, funções de conselhos deliberativos, tática dentro de campo, além de diversos outros.

Se ao menos fossemos agraciados com aquela conversa descontraída de banco de praça, estaríamos satisfeitos. Até porque todos nós igualmente sofremos desse complexo de sabe-tudo.

O agravo regimental porém nos é descido garganta abaixo e a seco.

Usando termos como compliance, governabilidade, performar, SAF, clube-empresa, e outros, deixam a conversa totalmente sem sentido. E muito embora eles mesmos não saibam o que é uma SAF, juram ser a solução dos problemas. E nem queira se arriscar em perguntar como o Fluminense viraria uma SAF. Pois então palestras intermináveis sobre regras de governança, administração da dívida e mais compliance, surgirão do nada. Com ou sem ressalvas (consultar no Houaiss). Dê preferência a um curso de inglês, pois alguns termos e anedotas só farão sentido na língua materna.

E, apesar de tanto brilhantismo erudito, estes déspotas esclarecidos não conseguem entender porque uma pessoa tão limitada como Mário é tão querido no clube. Justo ele, que só leu Pequeno Príncipe!

Acusam então, o torcedor.

Ah, esse torcedor comum, que não entende de futebol. Que não entende que vencer um título, um campeonato, não é bom para o clube.

Meus amigos, o torcedor quer saber é de pagar suas contas, devolver seu dízimo, comer um bife, dar um agrado pra Maria e pras crianças. Se sobrar algum para ir ao Maracanã, que legal. Se não sobrar, fico sabendo com o amigo que tem o Prime da Amazônia como foi o jogo.

O torcedor quer torcer, quer gritar gol.
Pouco me importa a deliberação do CEO de marketing, os dividendos e a taxa de mais-valia do percentual de sei-lá-quem.

E, queridos, o Mário entende do riscado. E sabe dar ao torcedor o que o torcedor quer, você gostando, ou não.

Mas quem sou eu para ensinar coisas simples a pessoas tão especiais?

Vamos à história dos subúrbios.

1 Comments

  1. S tc
    O Fluminensefc tem hoje equipes qualificadas em tdas as áreas. O clube melhora a cada ano, como deve ser uma instituição de sucesso. Há essa palavra ‘sucesso”. A grande maioria vai dizer que se não ganhou títulos, não teve sucesso. Ao contrario, disputar já é um sucesso. Sobre Saf, aberto a investidores que comprem 49% das ações. Vender o clube em sua totalidade jamais. S tc

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