1.

Essas foram as palavras do capitão Fred ao sair de campo, após ser expulso na segunda metade do primeiro tempo, num lance em que sofreu falta e colocou a mão na bola sem querer na queda. Alguém discorda disso?

Ali, o jogo acabou, o placar foi construído. Todo o resto é paisagem.

Voltando às palavras do Fred, não é só o Carioca que tem que acabar e sim os estaduais, que só servem para dar poder e dinheiro a meia dúzia de marginais de colarinho branco, conhecidos como presidentes de federação. Os estaduais tinham sentido quando a aviação não era desenvolvida e era impraticável viajar grandes distâncias nesse continente chamado Brasil. Hoje se vai daqui ao norte do país em cinco horas de avião. Por que existir? Ah, a rivalidade! Ué, ele acontecerá nos clássicos do Brasileirão ou que porventura aconteçam na Copa do Brasil ou até Libertadores. Não tem defesa.

Mas, deixando os estaduais de lado e se atendo ao campeonato carioca, esse é mesmo que tem que acabar. Ou no mínimo sair das mãos da federação presidida pelo Rubens Lopes, mas de fato comandada pelo canalha chamado Eurico Miranda, a quem os vascaínos, por burrice ou desespero, botaram no poder de novo. Não há como participar dessa farsa desse campeonato carcomido, arcaico, tosco, deficitário e morto.

Não custa lembrar que, na sexta, o presidente Peter e o presidente do Flamengo Bandeira de Mello deram entrevista na ESPN (até que enfim) e disseram em alto e bom som para quem quiser ouvir que ambos os clubes já estão rompidos com a federação, e que só estão jogando o campeonato em respeito aos profissionais do futebol, torcedores e TV. Depois veio o “Roubinho” defecar pela boca palavras que não têm valor algum. A verdade é que a costura entre os dois clubes já foi feita e eles estão unidos em prol da criação de uma liga ou de outras medidas, mas o fato é que, a continuar nesses estado de coisas, Flamengo e Fluminense não levarão a sério o estadual de 2016.

E não pode ser diferente.

Eu serei implacável na luta interna no clube para que isso aconteça.

Não há como recuar nisso.

2.

No que dá para falar de tática e técnica, embora não seja o principal depois do que assistimos nestes últimos dias, a verdade é que o 4-2-3-1 do Tricolor desde Cristóvão não vem funcionando defensivamente. Tomamos um gol numa jogada em que o Jean estava marcando homem a homem o Jonas. Perdeu a disputa e aí já sabemos.

O meio, quando não está um buraco está na marcação, homem a homem. E com os laterais avançando do jeito que avançam, é fatal.

A ideia é bem moderna, marcar forte o adversário e compactar o time. Mas não vem funcionando.

Para piorar, insistimos na linha burra com os laterais avançando demais e os volantes indo apoiar o ataque.

Quando o nosso ataque funciona, tudo bem, pois fazemos mais que tomamos. Mas quando não, é empate ou derrota na certa pois sempre tomamos gols.

Urge acertar o sistema defensivo e este esquema.

3.

Tive muito orgulho de ser tricolor ontem.

Éramos um quarto do Maracanã.

Perdíamos por dois a zero com um jogador a menos.

Ainda assim, calamos a molambada por vinte minutos com a nossa cantoria.

Isso não tem preço.

4.

Gerson, Cavalieri. Kenedy  e Wagner não jogaram nada.

As substituições de Drub – como nosso técnico é chamado pelo genial Andel – melhoraram o time.

Mas não deu

Epílogo

Ganharemos do Madureira e iremos para as semi.

E aí, ou seremos campeões ou cairemos de pé.

O que não podem parar são as denúncias contra essa Federação torpe e a construção de uma via alternativa para 2016.

A hora é essa.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: google

#SejasóciodoFlu