A tal luz amarela (por Rods)

Sinal Amarelo
Sinal amarelo nas Laranjeiras

Na última coletiva da dupla Sandrão e Rodrigo Caetano, foi dito que a luz amarela está acesa. Ou seja, mandaram o aviso de que o Fluminense está alerta, está de olho no que acontece. Bem, sejamos sinceros, a tal luz amarela tem que estar acesa o tempo todo. Não é apenas quando o problema aparece que se deve começar a pensar em fazer alguma coisa. Remediar, como “preferem” fazer nossos governantes, é uma medida que nem sempre dá certo. Bom mesmo seria precaver.

Mas afinal, o que acontece com o Fluminense? Acontece que a base do clube não estava tão forte quanto nós e, aparentemente, a diretoria e a comissão técnica imaginávamos. A primeira peça do dominó foi o pretenso planejamento. E isso é o que mais me incomoda, pois ninguém deu o braço a torcer e foi a público reconhecer que errou. Deitado no berço esplêndido de 2012, nosso tricolor simplesmente levou em conta que o vento seguiria a favor, que os resultados apareceriam naturalmente.

Mas vieram as derrotas, as decepções, as contusões e uma dura realidade. Aos poucos a euforia se tornou preocupação e logo depois revolta. Com jogadores rendendo abaixo do esperado, se contundindo, se metendo em escândalos e dando espaço aos boatos, eis que um problema puxa o outro e a dívida do Fluminense passou a gritar alto.

A solução era simples. Vender os jogadores que estão desagradando, mas que tem valor no mercado. Assim se foi Wellington Nem, assim se foi Thiago Neves. Mas não foi o suficiente. Assim se foi Ricardo Berna, assim está para ir Samuel. Ainda não será o suficiente e pior, o elenco começa a ficar desfalcado onde não pode. Aí o torcedor grita: “Quem é esse Marcelinho? Queremos zagueiros!“. Pobre Marcelinho, que chega em meio a um tiroteio e terá que se desdobrar para provar seu valor. Apesar de ter visto o vídeo de suas jogadas e lido alguns comentários, não sei o que esperar do atacante. Apenas torço que seja uma boa surpresa.

Se viessem conversar comigo logo após a derrota de domingo, ouviriam poucas e boas. Mas nada como esperar o dia seguinte para ordenar alguns pensamentos. Do outro lado das reclamações, o Fluminense agora precisa trabalhar com o que tem. Errou, mas um erro não pode justificar o outro. Se entrasse irresponsavelmente no mercado para comprar Alex, Scocco, Júlio Baptista, Fágner e outros que estão sendo repatriados ou importados, cavaria uma bela cova bem funda.

E o que fazer? Bem, sem a competência e a sorte que andaram de mãos dadas com o Flu no segundo semestre de 2012, o Abelão precisa seguir seu próprio comentário e revirar o time. As mudanças precisam acontecer, os jogadores precisam sentir e ver a necessidade de fazer diferente, de fazer mais. Não vou tirar o peso das costas da comissão técnica e da diretoria. Minha sugestão é que dobrem os esforços com a garotada de Xerém, pois além de ser o reforço mais barato, isso diminuirá a dependência da Unimed. O Santos está dando um belo exemplo.

Quando você vê o sinal amarelo, você acelera e corre o risco de entrar no vermelho ou você para e espera o momento do verde?

ST!

Nos acréscimos:

– Costumava defender a dupla de zaga bicampeã brasileira, mas não se pode viver eternamente do que já foi conquistado.

– Anselmo Ramón não!

– Não me importa se é querela interna ou coisa de empresário, Lucas Patinho tem que jogar pelo Flu!

– Então, de acordo com a entrevista do Muriqui na Rádio Globo, o Conca quer mesmo voltar e já pode fazer pré-contrato? Hummm… Alegria ou tragédia anunciada?

Rodrigo César, o Rods

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

ANUNCIO 1995

1 Comments

  1. Alguém pode explicar por que o Felipe nunca joga? Ora, se foi o próprio Abel que recomendou a contratação dele, e sendo ele potencialmente melhor do que os cabeça de bagre que povoam o meio de campo do Flu, alguma coisa está errada. Se ele está fora de forma é incompetencia do departamento médico ou da preparação física. Não entendo o Flu trazer um cara que não joga e fica só num come-e-dorme eterno. Pelo menos ele podia ajudar, pois a coisa está feia. A luz está mais para vermelha do que amarela.

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