A sexta-feira é 13, mas o diabo se veste de crocodilo (por Antonio Gonzalez)

 

gonzalez-greenNelson Mandela passou 27 anos preso.

No decorrer das quase três décadas em que esteve privado da liberdade, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor “Libertem Nelson Mandela” foi o lema das campanhas antiapartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Ao ser libertado, Nelson Mandela poderia ter escolhido o caminho da guerra. Bastava, que tivesse pensado nos 15 anos de trabalhos forçados a que foi submetido.

Preferiu se transformar no líder de uma nação… Quando tudo apontava na direção de uma guerra civil, Mandela pregou a paz e a união, na conversão da divisão étnica em unidade dos seus povos, da pátria, do país.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Por que falo do Mandela, logo eu que sempre fui mais de Steve Biko, o homem do “black is beautiful”, que o próprio descreveu como: “você está bem como você é, comece a olhar para si mesmo como um ser humano” e que foi assassinado pela ditadura branca sul-africana, nos porões do underground dos paus de arara, como consequência de um interrogatório que durou 22 horas e incluiu tortura e espancamento, resultando em coma e posterior morte?

BIKO

Citei um dos homens mais importantes da história como exemplo antagônico ao que está acontecendo na política do caos, puro êxtase do canto do Armagedon, que está sendo colocada em prática pelos que se dizem oposição política no Fluminense.

Existe algo de ruim em ser oposição no Fluminense?

Claro que não!

Durante muitos anos eu fui oposição ao poder estabelecido no Fluminense, mas sempre de forma honesta. Irônico na maioria das vezes, veemente sempre. Honesto como o Fluminense me ensinou ser.

“O gesto de violência de um adulto não merece o sorriso de uma criança” (Steve Biko)

Mas o ocorrido esta semana, passou dos limites da normalidade, legalidade e, principalmente, dignidade.

O vazamento de um áudio, em que se cria uma briga que nunca existiu entre o Abel e o Presidente Pedro Abad, tem sinais de um maquiavelismo sem limites.

Isso não condiz com as nossas cores!

Além disso, algum (des) iluminado decide inventar que a demissão do auxiliar técnico Marcão tem a ver com fato de que o ex jogador tivesse comparecido a uma festa de uma torcida organizada. Nada a ver! Quem assistiu a reta final do campeonato brasileiro passado, percebeu a ausência de conteúdo para a função.

Repito o que já falei com anterioridade: o torcedor, a torcida, tem todo o direito de reclamar, reivindicar… Essa deve ser a sua essência… Mas tem que ter inteligência, com sabedoria… no momento certo.

Não pode se deixar usar, nem de forma inconsciente, menos ainda com ausência de lucidez.

Infelizmente tiveram alguns poucos, inclusive Conselheiros Eleitos no pacote dos 15 da chapa perdedora, que preferiram ser o Dragão-de-komodo ou Crocodilo-da-terra de turno, cujas mordidas destilam veneno… São os olhares do ódio, assim sem mais.

E o mau caratismo infelizmente parece não ter limites, chegando ao cúmulo de se questionar a lisura do processo eleitoral, sem receios de macular falsamente a imagem do clube. Questão de tempo para que eu dê o nome aos bois.

Aos verdadeiros torcedores, proponho um pacto: que tal a gente dar um tempinho de crédito, que tal ver primeiro para então criticar?

Quanto aos semeadores de discórdia, analfabetos da VERDADEIRA HISTÓRIA DO FLUMINENSE e da Humanidade, resta dizer que Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: agon

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1 Comments

  1. Meu Caro Antonio Gonzalez, Eu continuo sendo Steve Biko. Mandela esqueceu Steve, seus assassinos continuam livres e ricos dominando o pais. O Nobel da Paz é uma mentira, Roosevelt, Wilson, Kissinger, Menachem Begin (lider Sionista), Albert Lutuli (Presidente ANC-Apartheid). As Correntes políticas do Flu são em sua maioria decadentes. Ha 23 anos no exterior creio que Flusocio e Abad é o melhor na política tricolor, estão agindo corretamente. O Abel é muito bom. Temos time! Um Abraço Tricolor.

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