A seletiva memória da Gávea (por Paulo-Roberto Andel)

No país da piada pronta, correram rumores de que o Flamengo estuda processar o Fluminense por conta do verso “time assassino”, entoado por parte da torcida tricolor na vitória sobre o rival anteontem.

O processo seria por “desordem na praça desportiva”.

Descontado o surto psicótico para sustentar tamanha asneira com argumentação jurídica, as especulações carecem de fundamentação mínima.

Mais uma vez, é preciso criar um factoide para dar invisibilidade ao triunfo tricolor e ao golaço de Nenê.

Há mais de dez anos, os torcedores do Fluminense, do Vasco e do Botafogo são minoria em clássicos com o Mais VAR no Maracanã. São muitos os motivos, mas um deles é conhecido de todos: o medo de violência desmedida sempre provocada por setores da torcida rubro-negra. Setores, sem generalizar.

Parte da torcida do Flamengo explodiu de alegria em pleno Maracanã quando Ricardo Gomes, então treinador vascaíno, teve um AVC à beira do campo. Foi o Flamengo que fez isso? Não.

Outra parte encheu o ex-goleiro – e apenado – Bruno de carinhos e pedidos de selfies. É o Flamengo que está fazendo isso? Não.

Simpática a imagem abaixo. Foi o Flamengo que foi acusado de sangrar os cofres públicos? Não.

É o Flamengo que está fazendo campanha pela guerra com um tanque na bandeira?

É o Flamengo que rouba a si mesmo?

Em tempo: por onde anda o lateral André Santos, aquele de 2013, quando nasceu a Flamenguesa?

Panorama Tricolor
@PanoramaTri @ pauloandel

#credibilidade

2 Comments

Comments are closed.