A resiliência tricolor (por Claudia Mendes)

Sabe aquelas historinhas infantis que embalaram nossos sonhos na infância? Onde o bicho papão sempre levava a pior e tudo terminava bem? Nesses últimos dias tenho sonhado acordada com esses momentos, esperando ser embalada nos meus sonhos com a mesma doçura e despertar com um final feliz. O primeiro capítulo já foi. A conquista da Libertadores.

Dizem que para qualquer torcedor do Fluminense o lado lúdico sempre prevalece. Somos sensíveis, sonhadores e, ao mesmo tempo, guerreiros sempre prontos para a batalha. Nada nos trava. Nem as dificuldades, os gigantes imaginários, as pedradas da vida.

Com todo tricolor (ao menos os que conheço), é assim. Não desiste fácil. É uma marca registrada de um DNA forte. Acho que por isso não somos a maioria. Fomos escolhidos pela divindade para sermos especiais. No jeito de torcer, de enfrentar as batalhas, de superar tudo o que aparecer pela frente.

O tricolor é, acima de tudo, uma referência de resiliência. Nós não somos. Sempre estamos. Nosso verbo é presente. Sempre prontos para tudo. Para chorar de emoção, comemorar feito loucos, esquecer as tristezas e sempre insistir no êxito.

Quantas vezes nos superamos? Nos maiores desafios, alguns quase que impossíveis. Talvez seja mágico, sobrenatural ou, simplesmente, um aditivo muito peculiar de coragem.

Coragem! Coragem! Como grita a plenos pulmões nosso treinador. E isso entra na alma pelos poros e ouvidos. Às vésperas da nossa estreia no Mundial, a Arábia Saudita fica pequenininha se comparada com o tamanho desse sentimento que só um tricolor sabe explicar.

Ganhando ou perdendo somos únicos, pelo simples fato de acreditarmos que tudo, absolutamente tudo, é possível.

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