A reforma 5.468 do estádio… (por Paulo-Roberto Andel)

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Um milhão de reformas

Deu no jornal: liderados pelo Flamengo (…), Fluminense e Botafogo estão juntos para uma soma de forças visando a reforma do estádio da Portuguesa da Ilha.

O objetivo é mandar os jogos do segundo semestre por lá, com os desfalques do Maracanã e do Engenhão por causa das Olimpíadas (já confirmadas há trocentos anos).

Ou seja, no primeiro semestre o torcedor ou se submete às peregrinações Rio afora ou fica na tevê mesmo. E depois o pessoal não entende quando o público se afasta do futebol.

Caso se confirme, é a segunda ou terceira ou 5.468ª vez que o simpático estádio da Ilha recebe instalações temporárias, para depois retornar à modorra. O mesmo já aconteceu em Niterói, no Caio Martins. Nunca providenciaram simples tubulares ou mesmo concreto armado em Moça Bonita.

Pouca gente sabe hoje que um excelente estádio no Rio de Janeiro padece em ruínas: Ítalo Del Cima, em Campo Grande, quando o Campusca infernizava a vida dos times grandes. Dezoito mil pessoas. Está largado.

ITALO DEL CIMA

Então, assim segue o futebol do Rio: uma efeméride ali, uma obra lá, empurra-se para a frente e vamos vendo no que dá.

Enquanto isso, os times vivem à míngua, especialmente os menores, que acabam servido de massa de manobra para os clientelismos da Federassauro.

O resultado repercute no campo (menos jogadores revelados), na renda, no nivelamento esportivo e muito mais.

Vai ter Liga? Claro, mas sem jogo na capital. E bem menos pior do que esse Carioca dos irmãos Metralha.

Contudo, mais viagens, mais deslocamentos, os jogadores reclamam, os treinadores reclamam e a TV fica numa boa. Ela sempre vence.

Se precisar, é só colocar o jogo num dos elefantes brancos a 1.000 ou 2.000 quilômetros da torcida mais apaixonada.

O resto é fácil: o triplo do dinheiro para dois clubes da espanholização, o dobro para meia dúzia e o resto… odracir.

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Sobre corpo mole

Claro que faz parte do folclore do futebol, as torcidas fazem o fuzuê e tal. Se fosse o contrário, N + 1 vascaínos também fariam o mesmo, É compreensível. Sem contar o ódio – merecido – que boa parte dos tricolores têm pela figura de Eurico Ângelo. O resumo é de cada um.

Meu caso particular: nunca torci para o Fluminense perder um jogo em 37 anos de arquibancadas e continuarei não torcendo. Questão de coerência.

Ponte Preta, Vitória e Santos em 2013; Horizonte, América-RN e Chapecoense em 2014; Atlético-MG no primeiro turno, Palmeiras e mais trocentas partidas no segundo em 2015. Não engoli nada disso. Com 18 derrotas no atual Brasileirão, mais uma não seria surpresa, mas lamentável.

Dados importantes: em 1996, o Fluminense perdeu 13 jogos em 23 disputados (56,52%) pelo campeonato brasileiro; em 1997, 11 em 25 (44,00%); em 1998, na série B, 3 derrotas em 10 jogos (30,00%). Hoje, 2015, são 18 derrotas em 37 jogos (48,65%). Caso venha a perder para o Figueirense, 19 derrotas em 38 jogos (50,00%) – um turno inteiro.

Qualquer que seja o percentual final de derrotas, este 2015 revela um resultado péssimo. Logo, 2016 precisa ser bem diferente.

fluminense pontuação era dos pontos corridos

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: exulla/ google

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1 Comments

  1. Item 1

    E ninguém fala em reformar laranjeiras.

    O estádio Moça Bonita, daria um belo caldo, menos pelo calor de deserto……mas é próximo (não para ir a pé) da Av Brasil e do lado de uma estação de trem…..com várias ruas onde estacionar……………………………………………….pra mim seria o lugar perfeito para esse movimento que estão fazendo, até pq ele já comporta uns 10 mil em pé…..rsrsrsrsrs

    Item 2

    De pleno acordo, 2016 tem que diferente, pra melhor espero…

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