A insuficiente evolução tricolor (por Márcio Machado)

Mantivemos a fase invicta no campeonato brasileiro após ganharmos o time da fábrica de energético nesse domingo.

O jogo deveria ter sido mais tranquilo do que foi devido ao time reserva do adversário, mas se por um lado abrimos o placar rapidamente, não matamos o jogo em definitivo e tivemos de contar com o foco do adversário na copa Sul-americana.

Ao menos tivemos dois sinais de evolução claros a meu ver: o time mostrou capacidade de puxar contra ataques rápidos e efetivos, além de saber assumir a postura de pressão quando necessário, dada a fraqueza do adversário. De toda forma, isso é mais importante do que parece.

Apesar do que possam falar por ai e de um camarote vip de três ou quatro clubes de ‘elite’, o nível do campeonato desse ano é muito baixo e, ao mesmo tempo, vai distribuir vagas em competições como nunca.

A tendência é com finais totalmente brasileiras nas competições da Conmebol e Copa do Brasil entre clubes já na parte da frente do campeonato brasileiro. Até mesmo o sétimo colocado ter vaga direta na Libertadores, com oitavo e nono indo para a pré, agora seis indo para a Sul-americana, sobrando só o décimo-sexto no limbo, já que quatro serão rebaixados.

Isso não torna o nível do campeonato melhor -quem acompanha o mesmo sabe -, mas o mercado brasileiro está sobrando em dinheiro nesse momento frente à concorrência continental.

O enredo deixa nosso clube numa condição curiosa, onde não tem um bom time, não tende a ganhar nem o Estadual, mas vai chegar sempre na libertadores e tende a conseguir ‘vitórias historicas’ e inúteis contra os times grandes e empobrecidos dos países vizinhos, sem nem encostar na hipótese de título.

É uma situação melhor do que há três anos, mas não resolve o problema de um clube que precisa se reencontrar com sua grandeza.

O processo eleitoral do ano que vem precisa discutir isso urgentemente. Se o atual grupo político de situação achar que esse é o nosso tamanho, eles é que não têm o devido porte para tal posição. ST.

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