A imprensa pilantra (por Paulo-Roberto Andel)

Receita de bolo chocho: junte um grupo de jornalistas esportivos – levianos e covardes – vendendo uma sentença falsa  para certo público torcedor ora ignorante, ora também leviano, ora de má-fé, cozinhe 30 minutos na internet e pronto: o Fluminense está rebaixado por uma liminar e pronto para ser o grande vilão do Brasil. Só os ignorantes não entenderam o que significa uma liminar em termos do resultado final da questão. Ou  os que apostam no caos como a saída perfeita para varrer “trapalhadas” da 38ª rodada para debaixo do tapetão bicolor.

Depois de uma sórdida campanha contra o Tricolor por motivos que vão muito além do rancor de torcedor, ainda não declarados e provavelmente muito sujos, alguns dos jornalistas esportivos brasileiros têm cometido crimes previstos no Código Penal. Quando são questionados em seus frágeis argumentos – para não dizer estapafúrdios -, limitam-se a dizer que o público é idiota ou terrorista, em retórica mofada e desprovida de qualquer sofisticação intelectual – cópia tosca de Reinaldo Azevedo.

A fúria jurídica da dupla Flamenguesa tem muito mais do que a “reparação” de uma justiça simplesmente inconcebível dentro do futebol profissional, vide regras e regulamentos rasgados na última rodada do Brasileiro 2013, na maior coincidência de equívocos que se tem notícia na história do esporte maior do país. Ok, equívocos. Ok, coincidência. Enorme!

Parece preparação de álibi, típica do criminoso que sabe o teor do crime que cometeu, mas busca a impunidade ou, no pior cenário, uma condenação atenuada.

Teatralização de uma farsa.

Pode até não ser, mas parece. Muito. Demais.

Um mês depois desse verdadeiro escândalo probabilístico a olhos nus, tudo o que se vê destes abomináveis donos da moral e da ética é praticamente um silêncio constrangedor em todas as perguntas que se faça sobre a conexão andressantos-heverton. Ou a piada de mau gosto da teoria da conspiração. Piada não: má-fé.

Não se pode imaginar que veteranos como Mauro Cezar e Antero dão faniquitos frenéticos apenas em defesa da tradição, família e propriedade. O deboche blasé-embonecado de Rizek, idem. O sorriso sobrancelha-raspada de Cosme. Onde foi parar o Capitão Caramanchão? Excesso de coincidências no discurso e nos atos, dando pinta (sem trocadilhos) para a composição de uma frente ampla da moralidade no futebol – sem moralidade alguma, claro. Apenas o direcionamento ilegal da legislação desportiva, tudo por um ou mais objetivos ainda desconhecidos, embora imagináveis.

Um silêncio de cumplicidade.

Até que ponto interessa à tropa de choque da ESPN Brasil a “morte” do Fluminense? A realização do sonho de transmitir os jogos do campeonato brasileiro? Qual é o preço? Aves de rapina não buscam cerejas durante o voo.

E a tropa de choque Sportv? Seria encobrir qualquer hipotética falcatrua cometida por seu time predileto por conta do episódio Gávea-Canindé?

Há uma nuvem espessa de fumaça provocada de propósito de modo a iludir a opinião pública. Essa nuvem é formada pelo bombardeio ao Fluminense.

O jornalista esportivo que não reprovar com veemência o rasgar do regulamento e a ida orquestrada da Flamenguesa à Justiça Comum não é digno de credibilidade e nem da profissão. É pilantra. Pilantra sem exceção. Apoiar a virada de mesa sendo jornalista esportivo é ato de pilantragem.

Não existe jornalismo sério sem a argumentação do contraditório. A voz uníssona da camarilha anti-Flu deveria ser alvo de seríssimas investigações imediatamente, tendo em vista que constitui clara afronta à lei do esporte.

Os estupradores da verdade estão certos da impunidade. Todo pilantra carrega consigo tal sentimento ruim, até que surge uma fechada do destino, o carro capota, a novela acaba e a pizza termina queimada no forno.

E pensar que este mesmo jornalismo esportivo já teve nomes como os de Nelson Rodrigues, Mário Filho, João Saldanha, Achilles Chirol, Oldemário Touguinhó…

Não adianta a parte pilantra da imprensa esportiva imaginar que vai calar a voz de milhões de torcedores, pensadores, escritores e jornalistas vinculados ao Fluminense. Isso sim é uma idiotice.

Deram um tiro pela culatra: em 2014, a massa Tricolor estará mais unida do que nunca, proativa e pronta para defender o Flu. Espalhada em todos os segmentos da sociedade, ela se fará presente.

A má-fé de setores da imprensa já provocou mortes, torturas, ditaduras e ruínas, mas não vai derrubar o Fluminense.

É bem mais fácil ela ser derrubada.

A começar por ações judiciais contra os pilantras travestidos de jornalistas, um por um, enquanto o clube não faz o que dele se espera.

E apoiada nos bons profissionais da imprensa esportiva brasileira, ainda que estes constituam a minoria. São atuantes e, ao contrário daqueles, respeitam o juramento que fizeram à profissão, bem como as calças que vestem.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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22 Comments

  1. Senhores, já passou da hora de falarmos, agora é hora de agir. Em primeiro lugar é CASSAR ESSA LIMINAR que devolveu os pontos ao Fla e a Portuguesa. Depois é Depois.

    1. Quem tem que cassar é a CBF.

      Não cabe ao Flu ir à Justiça Comum e produzir efeito contra si mesmo.

  2. Caro Andel, será q ue a Lusa nunca teve um jogador punido numa sessão de sexta-feira e que cumpriu a punição na rodada de sábado e domingo? Seria bom uma investigação,pois , em caso positivo comprovaria q eles conheciam a artito 133 do CBJD. Saudaçoes tricolores.

  3. Aonde eu assino para entrar com um acao coletiva contra esses babacas e suas respectivas emissoras? Lembrando que as emissoras de radio e tv tem concessoes e nao sao donos do direito de transmitir entao ate isso pode ser incluso na acao contra essa corja!

  4. A maior prova de que essa “imprensa marrom” está mancomunada com a “Conexão Gávea-Canindé” ou “Operação de $alvamento” ou “Operação de $alvaMengo”,foi o fato de terem anunciado,na 6a -feira que o A. Santos não poderia enfrentar o Cruzeiro e,ao vê-lo em campo,no sábado,não alertaram,não noticiaram,não informaram,não comentaram,não arguiram,não falaram,não mencionaram,não questionaram,não estranharam,não deram um pio sobre o assunto, durante mais de 20 horas,propiciando o “erro”…

  5. Andel,
    O futebol a e coisa mais importante das coisas sem importancia…
    O pior e que nosso Brasil conta com esta imprensa de Merda.
    E muito triste saber que os jornalistas e politicos que temos, sao produtos da sociedade brasileira..Fico puto da minha cara ! Me sinto envergonhado de fazer parte disso…. A nossa flexibilidade, o nosso jogo de cintura, nos prejudica muito mais que ajuda. Infinitamente mais !
    Meu Brasil…Toma tenencia por favor… Nao aguento mais ser brasileiro do jeitinho…

  6. Caixa Econômica Federal é o patrocinador do Flamengo, da Globo, da Espn Brasil. Todos acham imoral o patrocínio da UNIMED mas nenhum jornalista levanta a hipótese de que é errado o dinheiro público de todos os cidadãos ser utilizado para patrocinar o clube de alguns. Nunca vi nenhum desses jornalistas escrever uma linha sequer sobre isso. Pois bem, a ESPN começou falando que o Flu não tinha nada a ver com isso mas em seguida mudou a postura por razões comerciais.

  7. ainda sobre o art. 231 do CBJD:

    Se Fla e Lusa aceitarem os pontos devolvidos, serão excluídos do Campeonato Brasileiro

    O Código Brasileiro de Justiça Desportiva é muito claro: se Flamengo e Portuguesa aceitarem os pontos “devolvidos” em decisão liminar pela Justiça Comum, serão excluídos do Campeonato Brasileiro. E esta punição ocorre independentemente de os clubes serem ou não responsáveis pelas ações na Justiça Comum. Confiram a redação do Artigo…

  8. amigos tricolores: vejam essa pérola do art. 231 do CBJD:

    Postado por: Rodrigo Barros em 11 de janeiro de 2014 em Futebol

    tribunal

    Na última sexta-feira a 42ª Vara Cível de São Paulo concedeu duas liminares em favor de torcedores que recorreram contra as perdas de pontos do Flamengo e da Portuguesa (Veja mais aqui). Segundo o advogado Carlos Portinho, especialista em direito desportivo, o artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê que as equipes não podem…

    1. Postado por: Rodrigo Barros em 11 de janeiro de 2014 em Futebol

      tribunal

      Na última sexta-feira a 42ª Vara Cível de São Paulo concedeu duas liminares em favor de torcedores que recorreram contra as perdas de pontos do Flamengo e da Portuguesa (Veja mais aqui). Segundo o advogado Carlos Portinho, especialista em direito desportivo, o artigo 231 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê que as equipes não podem se beneficiar de ações de terceiros na Justiça Comum.

      – Há…

  9. Fazem isso também por conta de uma diretoria IMPOTENTE, INCAPAZ E OMISSA. Peter Siemsem pode não ser o pior presidente da história GLORIOSA do FLUMINENSE mas, com certeza, É O MAIS FROUXO.
    Se ele tivesse feito algo no PRIMEIRO ATAQUE que foi tecido contra nós, não chegaria ao ponto que chegou.Ele é uma figura TOTALMENTE decorativa. O Fluminense, hoje em dia, é um clube com um sistema PARLAMENTARISTA em que o PRESIDENTE NÃO MANDA NADA ! Quem manda é o 1º ministro Celso Barros

    *** Service…

  10. Perfeitas palavras,Andel!!Esses defensores do golpe vão ser o tiro sair pela culatra,o Flu(que em 2013 teve melhor média de publico no Maraca -mesmo com o coisa ruim fazendo final de campeonato nacional e lotando o estádio -)e sua torcida só vão ficar mais unidos e coesos…

  11. Absurdo, há quem diga que a imprensa é inocente e age à procura de audiência, quem dá as cartas é a globo, detentora dos direitos da 1a divisão, fará de tudo pra manter os times de massa em seu bolso !

  12. Tu é o cara, exatamente isso, sempre os espertos manipulando os incautos, estamos juntos, pode contar.

  13. Perfeito. Precisamos entrar na justça seria ppossível uma ação coletiva ?

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