A estapafúrdia entrevista de Celso Barros (por Marcus Vinicius Caldeira)

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Boa noite! Eu fui surpreendido ontem com a reunião com presidente Peter mostrando a insatisfação com o Renato. Eu mostrei-me contrário a este posição, pois entendia que tínhamos que esperar até o jogo contra o Horizonte.”

Assim começou a estapafúrdia entrevista de Celso Barros à Super Rádio Brasil, onde o presidente da Unimed mostrou todo o seu destempero pelo fato de não ter sido feita a sua vontade. Uma entrevista que não condiz com a sensatez, calma e ponderação que devem haver a quem ocupa a cadeira de presidente de uma empresa como a Unimed.

A entrevista já começa mostrando todo o seu descolamento dos anseios da torcida tricolor que reprovou, em sua maioria, a vinda do treinador Renato Gaúcho e após o péssimo primeiro trimestre pediu a cabeça do mesmo.

“O que eu achei estranho e uma forma covarde de ser do presidente Peter” – e segue: “Isso desestimula a gente a seguir com o patrocínio no fim do ano”, segue o mecenas.

De forma deselegante, Celso Barros, logo após não ter sua vontade levada adiante pelo presidente do Fluminense, fala mal do presidente e faz a chantagem que foi a tônica de sua atuação junto ao clube nestes últimos anos. Chantagem sentida ultimamente quando da demissão do Abel e das contratações de Renato e Luxemburgo.

Num determinado momento da entrevista, com a maior cara lavada possível, Celso Barros dá a entender que o rebaixamento ano passado foi culpa exclusiva do Peter. Gostaria de lembrar ao “Eurico Miranda da época moderna” que o departamento de futebol estava entregue  a ele e seus asseclas. E ainda acusa o presidente Peter de estar separando a Unimed do torcedor do Fluminense. Inacreditável!

Celso Barros segue: “Lamento muito que o presidente Peter – a quem eu apoiei – tome decisões como refém de um grupo político”. Tem uma coisa que o presidente do clube não é:  refém de algum grupo político, já que é cobrado por muito deles e não faz nem a terça parte do que lhe é cobrado.

Sobre contratação de Rodrigo Caetano, de novo ele diz: “Nesse momento não me envolvo na contratação de gestores, técnicos ou jogadores”. Aleluia! Só queria lembrar que a Unimed gastou R$ 500.000,00 por mês (Fluminense gastou mais 50 mil por mês) com o péssimo treinador Renato Gaúcho e o time continua sem zagueiros e atacante de velocidade.

Celso Barros segue atacando o presidente do Fluminense. Perguntado se, numa conversa tête-à-tête com Peter era possível aparar as arestas, ele responde: “Não acredito. Ele (Peter) não honra com aquilo que promete”.

Sobre essas idas e vindas de técnicos no último período, o jornalista pergunta se ele acha que foi um erro ter dispensado Abel Braga. O médico responde: “Não, acho que não.”

Claro! Foi ele quem forçou a saída do Abel Braga. Claro que ele ia dizer que não, mas pressionou sim pela saída do Abel. Assim como chantageou pela vinda do Luxa e do Renato.

Numa determinada parte da entrevista, Celso Barros fala que o Peter tem um comportamento incompatível com o cargo que ocupa, uma vez que briga com todo mundo. Disse que pegou o Fluminense na série C e colocou o Fluminense na série, fala dos títulos conquistados. Ele só se esquece de falar que, com a Unimed mandando no departamento de futebol, foi rebaixado à série B. E mais uma vez ameaçou o rompimento. Aliás, ele deveria lembrar também que antes do Fluminense a Unimed não era nada. A Unimed deve muito mais ao Fluminense do que o Fluminense à Unimed.

“O Fluminense assumiu uma posição que é uma falta de respeito com a Unimed e esses quinze anos de parceria”, segue o patrocinador. Mais uma manifestação clara de que, quando tem seus desejos contrariados, ele perde as estribeiras. Mas isso é culpa do Fluminense que, nesses quase quinze anos de patrocínio, deixou o cara mandar e desmandar no clube e agora, quando tenta retomar o controle do futebol, tem que ouvir esse “febeapá” do presidente da patrocinadora.

No alto de sua arrogância ele arrota: “Todo mundo quer o patrocínio da Unimed.”

Todo mundo quer porque não analisou friamente a forma do modelo e ainda não fez as contas do que se foi gasto e do retorno em títulos e estruturação do clube. O dia que fizer, verá que ela não foi tão benéfica assim.

Realmente foi uma entrevista cínica, destemperada e que mostra claramente que o Fluminense precisa buscar novos rumos. O diálogo com o presidente da patrocinadora se encerrou. Aliás, ele nunca deveria opinar sobre contratações, demissões ou coisas relacionadas ao departamento de futebol. Mas começou torta esta relação e pau que nasce torto nunca se endireita.

Que o presidente Peter procure novos rumos para o Fluminense.

O Fluminense viveu uma história de glórias e conquistas por 97 anos sem a Unimed. A Unimed só viveu seu período de ascensão enquanto esteve ligada ao Fluminense.

Então, quem depende de quem?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

2 Comments

  1. Marcus, eu já coloquei na comunidade onde vc postou(a voz da torcida) a gravação de uma entrevista coletiva do Abel, vc não ouviu ou não viu, mas vou colcá-la aqui pra que vc pense e analise, à sua maneira e friamente, faça suas conclusões, não quero dar nenhuma versão faça vc a sua . Abs ST
    http://videos.clicrbs.com.br/rs/gaucha/audio/radio-gaucha/2013/12/ouca-coletiva-abel-braga-sua-volta-internacional/55789/

    no minuto 38 ao 42 ouça com atenção. Entrevista do Abel em 17/12/2013 à radio…

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