A casa da Mãe Joana (por Lucio Bairral)

O Fluminense é a casa onde todos mandam. Menos quem devia.

O Fluminense venceu inapelavelmente o Corinthians na tarde de ontem, no Maracanã.

Jogo que mostra bem onde poderíamos chegar no campeonato, não fosse a insubordinação do elenco, fazendo corpo mole e perdendo pontos que se mostraram irrecuperáveis.

Poderíamos ter brigado pelo título, visto que, mesmo com as falhas na montagem do elenco que não contemplaram reposições para as laterais e atacantes de velocidade, como já dizemos exaustivamente, fizemos bons jogos contra os clubes que ficaram entre os oito primeiros do campeonato.

Mas o que quero falar aqui é sobre a falta de comando do Fluminense.

Onde jogadores dão uma sucessão de entrevistas equivocadas, num claro movimento de escancarar uma realidade que deveria ser resolvida internamente, além de desviar o foco.

E após essas entrevistas, uma pior que a outra, o nosso vice de futebol vem a publico apaziguar e defender o indefensável, passando a mão na cabeça de jogadores que não mostraram nenhuma boa vontade com a camisa que vestem nem com a torcida que frequenta o estádio.

O presidente, por sua vez, raramente é visto fazendo a defesa institucional do clube, que, desde o caso Flamenguesa, vem sendo achincalhado pela mídia de forma irresponsável ou premeditada.

Uma vez que no domingo pós André Santos ser escalado, uma nuvem de amnésia pairou pelas redações esportivas do Rio de Janeiro, fazendo com que o fato fosse esquecido. Um surto passível de estudos acadêmicos apurados e prêmios internacionais, caso descoberto o motivo.

O fato é que falta pulso para tratar os jogadores.

Também falta firmeza pra negociar com a Unimed.

E também com a Globo.

E com a Adidas.

Só não falta com a torcida.

Ah a torcida! Essa é tratada como secundária por todos.

Pela imprensa, que insiste em manipular e achar que são um bando de imbecis.

Pelos jogadores, que acham que fizeram muito e que devemos aplaudir derrota de quatro pra Chapecoense em casa.

Pela Unimed, que impõe suas vontades, contratando jogadores desnecessários.

Pela Globo, que marca jogos para os horários mais absurdos possíveis.

Pela Adidas, que cria modelos esdrúxulos e, mesmo assim, não distribui para a torcida conseguir comprar.

E pela diretoria, que deixa isso tudo acontecer.

Pobre torcedor. Pobre futebol brasileiro. Pobre Fluminense.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: uol

2 Comments

  1. Amigo Lucio,
    Você foi muito feliz com sua analise. Realmente hoje o maior problema do Fluminense é a falta de comando unificado. Isso é claro até para quem não vivencia o dia-a-dia do Clube.
    Ficou muito claro com a vitoria de ontem, que o time tinha bola para disputar o titulo e que perdemos pontos fáceis e pontuais para que isso não ocorresse.
    E caso isso seja verdade a culpa é total da atual diretoria, pois no meio do campeonato, termos jogadores titulares, com indefinições, se saem ou se…

    1. continuando…
      se saem ou se ficam. E obviamente é claro que isso afeta rendimento e pulso. Ficou claro que o Cristovão tentou contornar isso barrando jogadores nessa situação. Mas não caberia ao técnico fazer isso. Enfim, são inúmeros os erros da atual diretoria para esse frustante ano de 2014.
      Sobre a Unimed, o Flumiense não pode ser refem. Entendo a dificuldade devido as penhoras, mas é preciso ter um plano B. Para que o patrocinador precise do clube e não ao contrario.

      *** Antispam…

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