A campanha começou quente (por Marcus Vinicius Caldeira)

downloadOntem começou, de fato, a campanha eleitoral dentro do clube.

Sábado é um dia cheio onde muitos sócios frequentam o clube, então é um dia em que a corrida aos votos se acirra.

Cheguei ao clube por volta de nove e meia da manhã para me juntar à galera que faz campanha pro Peter com disposição e tesão para pedir votos para o atual presidente. Concentramo-nos na portaria (éramos em torno de vinte) enquanto eles tinham no máximo quatro.

Sou sócio do clube desde 2008. Frequento o clube semanalmente, ou pra fazer sauna, ou jogar tênis ou por conta do futebol. Mas é numa campanha éque vemos a realidade do clube e também o quanto é importante o sócio-futebol.

Dizem que quarenta por cento dos sócios do clube não são tricolores – se não é esse o número é próximo desse. Então, muita gente que decide o destino do clube não está nem aí pro futebol, simplesmente por não serem tricolores.

Conversei com vários associados. Uma boa parte deles estava preocupado com a piscina, a hidroginástica, o bar, o restaurante. É verdade que ouvi de alguns a preocupação com o futebol. Mas, a realidade é que pra boa parte dos que frequentam o Fluminense diariamente, o clube social é que importante.

Não cabe aqui nenhum discurso contra os associados não-tricolores. Afinal, o Fluminense é também um clube social que atende aos moradores das Laranjeiras e adjacências. Mas, nessas horas vejo a importância da atitude de Peter em se criar o sócio-futebol com direito a voto. É a torcida do Fluminense tomando as rédeas do destino do clube. E creiam: tem muita gente que vocifera contra essa decisão… Claro, do lado de lá!

Ao mesmo tempo conheci muito sócio, tricolor, frequentador assíduo do clube que tem esse tipo de preocupação, mas com o entendimento que o carro-chefe é o futebol.

Não me preocupava só em entregar o panfleto. Procurei conversar com quem entrava. Entender o que eles ansiavam e mostrar para ele que mesmo com problemas e muito por se fazer esta gestão evoluiu e muito o clube. Tinha gente que nem sabia que a Unimed bancava oitenta por cento do salário do futebol. Então tem que explicar, mostrar que é preciso avançar para que possamos ter uma melhor condição na correlação de forças com a Unimed. É trabalho de formiguinha mesmo.

Fazer campanha para quem está na situação é sempre mais difícil! Por mais que uma gestão seja boa, sempre há falhas. Ser oposição é fácil! É só ser estilingue! Só bater. Se bem que do lado de lá tem muita gente que não é situação, mas já foi no passado. Então dá para “bater” um pouco neles também.

Ao mesmo tempo, os associados reconhecem que houve melhoras significativas no clube. A piscina é o exemplo clássico. A que existia era um lixo. Peter entregou uma piscina nova, adequada tecnicamente para as competições. O associado por mais que reclame de algo, na conversa séria e pontuando o que se foi feito, acaba no final reconhecendo as melhorias.

A situação do time no campo nos atrapalha um pouco. Os oportunistas aparecem vendendo mil ideias, mas se esquecem que Horcades que está com eles fez o time passar por essa situação três vezes e Fischel com Marcos Furtado que estão com eles, uma.

O fato é que a campanha começou! Quente! De um lado está um presidente que pegou um clube falido financeiramente e administrativamente e com trabalho sério, de formiguinha – sim, com alguns erros, contradições – vem tirando o clube da lama.

Do outro lado um candidato lançado na cova dos leões por gente que não teve a coragem de se lançar e cercado por um monte deles co-responsáveis por entregar o clube a Peter com as finanças combalidas: Horcades, Marcos Furtado, Tote Menezes, Alcides Antunes, só para ficar por aqui.

Essa eleição é fundamental. Nas próximas, cinquenta mil sócios ou mais (atualmente são 21.000 sócios do futebol) advindos das arquibancadas escolherão o destino do clube.

É o último suspiro deles.

A hora é essa!

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Um prazer imenso ter conhecido a associada Celina Ribeiro (minha leitora) e seu marido Hamilton (sócio histórico do clube). Celina fez a campanha com uma garra e uma vontade, além de ser de uma simpatia, educação e de uma alegria impar. Seu marido, um dos fundadores do grupo Democracia Tricolor, muito ligado aos esportes olímpicos e ao clube social, uma figura de fino trato, um excelente papo, e que exalava felicidade ao ver o clube oxigenado com pessoal mais jovem respirando a política do clube. Sensacional!

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Nem tudo foram flores. Infelizmente, um simpatizante da campanha do Peter foi agredido covardemente – estava sentado e levou um tapa na cara – por um sócio simpatizante da candidatura do Deley. De sorte que o agredido era de uma tranquilidade só, senão o pior poderia ter acontecido no bar do tênis.

O caso foi levado à ouvidoria do clube e espero sinceramente que medidas sejam tomadas contra o sócio agressor.

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Jogo importantíssimo hoje, em Araraquara. Um empate será um ponto precioso. Vitória uma dádiva. Há possibilidade de entrarmos na zona de rebaixamento, porém depois jogamos dois jogos em casa.

Que o Fluminense possa trazer os três pontos hoje ou pelo menos um.

A situação é difícil, mas quanto mais difícil mais gostamos.

Guerreiros são assim!

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Alegria! Conca, campeão da Liga Asiática, já declarou que jogará pelo Fluminense em 2014.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

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5 Comments

  1. Com licença do trocadilho ao nobre colunista, a caldeira tá fervendo!

  2. Gostaria muito de frequentar o clube, assim como frequento os estádios, mas não sei se estou preparado psicologicamente para isso, nas poucas vezes que fui, a impressão não foi boa, uma soberba de dar nojo, talvez tenha me esbarrado num desses 40% de não tricolores, a nata da sociedade. Meu avô foi sócio do clube, meu pai, atleta. Sou sócio-futebol, gostaria muito de ser proprietário. Dia 23/11 será o dia da virada, que seja o Peter, em 2016, os sócios-futebol, decidirão.
    Sem complexos. S.T…

  3. Paulo-Roberto Andel: se algum pascácio achou que ia intimidar o PANORAMA, a livre expressão de seus cronistas e a manifestação daqueles que democraticamente apoiam a reeleição de Peter Siemsen, quebrou (mais uma vez) a cara de verde e amarelo. Não estamos aqui para defender feudinhos e mafuás do clube, mas sim para fortalecer as causas do Fluminense – sem carguinhos e benesses em troca.

    O sócio-futebol é uma realidade irreversível. Adeus, panelinha. A arquibancada vai dar as cartas.

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