Amigos, amigas, estamos chegando à reta final dessa fase da temporada que antecede a disputa da Copa América, parada que nos será muito benéfica, quando definiremos com que elenco disputaremos o restante de 2019 e Fernando Diniz terá tempo de sobra para fazer os ajustes necessários na equipe e refinar ainda mais seu modelo de jogo.

A primeira missão está cumprida. Estamos nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Conseguimo-lo de uma forma muito interessante, pois tivemos variações táticas durante a partida. Conseguimos controlar o jogo no segundo tempo entregando a bola ao adversário e marcando atrás da linha da bola, neutralizando suas iniciativas. Prova de maturidade tática e de que o Fluminense não é time de uma nota só. Para quem tem um duelo pesado de mata mata na semana que vem, contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, isso é um bom sinal.

Poderíamos ter matado o jogo ontem logo nos primeiros cinco minutos. Tivemos uma bola no travessão e Luciano desperdiçando uma oportunidade incrível, dentro da pequena área, com o goleiro vendido no lance. O jogo começou como no Rio de Janeiro. As duas equipes buscando o ataque para depois se organizar em campo. O Atlético teve, também, duas grandes oportunidades, ambas com Barcos. Numa delas, a bola foi para o barbante conferindo ao jogo um certo ar de dramaticidade, embora em momento algum me tenha parecido que o Atlético alcançaria o resultado desejado.

Mais uma grande atuação de Allan, que teve Caio Henrique, Daniel, a dupla de zaga e Yony González como companheiros fieis na tarefa de manter o jogo sob controle. Podemos dizer que estão todos de parabéns pela conquista da vaga e teremos um duelo de tirar o fôlego contra o Peñarol.

Domingo, temos pela frente o Atlético PR, na Arena da Baixada, um compromisso dos mais indesejáveis do futebol brasileiro. Acho que a essa altura dos acontecimentos, tendo uma partida decisiva com o Cruzeiro na quarta-feira, Diniz deveria mandar um time reserva para Curitiba e deixar os titulares treinando no Rio. Não significa colocar o Campeonato Brasileiro em segundo plano, mas definir uma prioridade. Depois, contra Flamengo e Chapecoense, podemos tentar entrar de vez na disputa, buscando duas vitórias consecutivas. A segunda metade do primeiro turno será bem mais light que esse começo encrencado, em que tivemos, em nove jogos, três das piores agendas do país: Vila Belmiro, Arena do Grêmio e Arena da Baixada.

Nossas duas missões são: sobreviver no Brasileiro e passar pelo Cruzeiro na Copa do Brasil. É preciso, evidentemente, eleger uma prioridade e essa é, sem dúvida, passar pelo Cruzeiro, o que nos deixará a seis partidas do bicampeonato. Não é pouca coisa, sobretudo se olharmos para o tamanho das premiações.

Quanto ao Brasileiro, se conseguirmos pelo menos evitar que a atual distância para o Palmeiras se amplie, teremos contra eles dois confrontos diretos ainda. Dá para tirar a diferença e entrar na briga pelo título, mas mesmo assim vai chegar uma hora em que teremos que priorizar. Por ora, fiquemos com a missão de passar pelo Cruzeiro e tentar fazer pelo menos seis pontos no Brasileiro até a parada para a Copa América.

Depois, é planejar, trabalhar e se preparar para o segundo semestre. Já provamos que temos time para encarar qualquer adversidade, precisamos de um plano realista para terminarmos a temporada levantando pelo menos um caneco, o que já fará um bem enorme ao clube.
Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade