Internacional 1 x 0 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

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Minha grande surpresa no jogo de ontem à noite aconteceu quando os times voltaram do intervalo. Ninguém havia mudado nada. Não era o esperado depois de um primeiro tempo tão chocho entre Inter e Fluminense no Beira Rio. Os dois times mais preocupados em não tomar gol do que qualquer outra coisa.

Espiei a turma boa das redes antissociais. Quase unanimidade na cobrança de ousadia, ímpeto, vontade de vencer, tudo atrapalhado por causa do esquema, sempre ele. Claro, o Flu não ia se atirar que nem um louco, estava desfalcadaço, mas era preciso explorar o nervosismo dos gaúchos, vindos de uma derrota pavorosa. Não é que os torcedores veem melhor as coisas do que os treinadores?

De cara, Júnio foi expulso numa bobagem e a coisa desandou. O Alex deveria ter recebido vermelho também, mas o árbitro quase não viu. Então Cavalieri fez uma série de boas defesas e o empate chocho parecia virar ponto sofrido. Acontece que, no futebol de hoje, se um time joga um tempo inteiro se defendendo com um a menos, a chance de capitular é enorme.

Perto do fim, numa jogada exótica e inesperada, nosso goleiro levou um balaço no peito, depois do bizarro chute de Vitinho, e nem teve como ver o que aconteceu. Gol dos caras. Antes disso, as substituições deixaram clara a prioridade de Enderson: o empate. Não lembro se Ronaldinho teve problema, mas em caso negativo, se estava ruim com ele… imagine sem? O Wellington Paulista é um bom rapaz, dado, não emplaca há dois anos. Vamos ver no que dá. E o Cícero, hein? Mal.

O Antônio Carlos entrou e foi expulso – pior do que Júnio. Lucas Gomes não viu a bola. Deu ruim. Futebol é momento e a má fase pontual agora é fato. Eu, que não me deslumbrei com os bons resultados de atuações duvidosas, também não fico sorumbático por ora. Sair temporariamente do G4 é ruim, mas pior é perceber que vamos virar o turno longe da liderança. A reação precisa ser contra o Figueirense.

Precisamos de um novo esquema. Samba esquema noise. São Francis Melo, orai por nós. Neste ano, temos vivido uma montanha russa. O time da campanha digna foi sendo trocado por medalhões – importantes – e muita gente rodada. O Gerson não ia resolver nada nem que estivesse voando. Se existe algo de útil nessa nova derrota, é a reflexão: megalomania, fanfarronice e pré-título não se alinham com o Flu. Sem humildade, não ganhamos um par ou ímpar.

Ainda é cedo, mas menos cedo do que ontem. Com meio time de volta, a coisa pode mudar. É o que se espera. Não há nenhuma crise agora, nem um ridículo pré-título.

Notas:

1) Árbitro fazendo protesto no gramado? Quando levantaram a placa com o número 5 na outra partida, pensei que fosse a nota máxima deles há muitos anos. No Beira Rio não pode ser 05 para não fazer alusão ao Gre-Nal. Que tal deixarem os torcedores fazendo o mesmo na arquibancada?

2) Desde que o sr. Peruquinha Guaraná abriu a boca, o Flu se enrolou. Pé-frio do inferno!

3) Ao fim do jogo, o Odair comemorou muito. O que esse sujeito já fez por nós… o Vinicius Toledo sabe bem.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

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4 Comments

  1. Do jeito que está, vou ficar tranquilo quando chegarmos aos 47 pontos.

    Saudações tricolores,

    João Carlos

  2. Em tempo…..segurar o Henrique deixar o G Matis sair…..dá pra entender isso???

    ST

  3. Técnico de meio de tabela, medroso como cristovão e drubsck…não a tôa são da mesma escola e insistem nesse esquema 4-2-3-1, sem variação nenhuma.

    Estávamos tomando sufoco e ele tira um atacante e coloca um zagueiro…..achei que ele tiraria o Ciço ou Jean que estavam mal…..colocava o Marlon na LE e o Scarpa mais a frente onde vinha jogando o fino.

    Qualquer coisa que indicasse a vontade de ganhar.

    Enfim, eu ainda quero acreditar no Penta….mas a continuar assim, é improvável…

  4. Enquanto tivermos os “novos três patetas” na direção do clube, vai ser daí para pior…

    Só resta esperar 2017 (já que a oposição não arregaça as mangas para tentar tirar os três…)

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