Após a sofrida vitória sobre o Sport, o Fluminense voltou a protagonizar uma atuação pífia, decepcionante, inócua e foi engolido pelo Grêmio em Porto Alegre. O placar mínimo a favor do desesperado time gaúcho não retrata o que ocorreu na partida. Ficou barato.
Olha, tem sido um exercício de paciência assistir esse Fluminense jogar. Sem criatividade, sem talento, sem organização… uma batata quente jogada nas mãos dos garotos de Xerém – que desta forma vão consumando o seu batismo de fogo.
Marcão, ao contrário do ano passado, não conseguiu dar liga ao time. Desta vez não havia um bom trabalho iniciado por Odair Hellmann; pelo contrário, terra arrasada foi o que Roger Machado deixou como legado.
A diretoria, que executa um bom trabalho fora das quatro linhas, principalmente na renegociação das dívidas, não sabe como trabalhar corretamente o futebol. Falta gente do ramo no departamento. Sangue novo, ideias novas.
Domingo, contra o Palmeiras, a torcida tricolor espera (?) ver em campo raça, disposição, entusiasmo. Um time com alma e respeito à camisa que veste. Do contrário, serão ouvidas pelo Maracanã as mesmas vaias que tanto incomodam os jogadores deste elenco. Merecidíssimas, por sinal.
Encerro a coluna com um apelo aos dirigentes tricolores: que sejam disponibilizados ingressos nas bilheterias do Maraca. Ou nos guichês das Laranjeiras para compra antecipada. A galera do Flu gosta de chegar em cima da hora, sempre foi assim. A pandemia ainda não acabou, mas com o uso de máscaras há como se proteger.
Priorizar programa de sócio-torcedor em detrimento da verdadeira torcida – aquela que não tem condições de arcar com mais uma conta no final do mês – é uma imensa escrotidão. E, com os pobres espetáculos que o Fluminense tem oferecido, facilitar a aquisição de entradas é uma obrigação.
Panorama é um oásis de lucidez no que é ser Fluminense nessa batalha ideológica que descaracteriza o clube através do seu maior patrimônio. Alijar o torcedor comum é condição sine qua non neste processo. Tem método.