Amigos, amigas, o Fluminense de Marcão tem uma trajetória de G-4 no Brasileiro, com três vitórias e dois empates. São onze pontos conquistados em quinze disputados, o que corresponde a 73,3% de aproveitamento.
O Fluminense, em termos de resultados, saiu-se muito bem com sua missão de sobreviver no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. No Brasileiro, chegamos aos 28 pontos e à sétima posição, muito próximos do G-6 e já nem tão distantes do G-4, já que times como Bragantino, Corinthians e Fortaleza, que estão à nossa frente, não apresentam, pelo menos nesse momento, consistência em suas apresentações.
Vale ressaltar que o Bragantino conseguiu conceder, jogando em casa, a primeira vitória da atual versão do Campeonato Brasileiro à Chapecoense. Parece que, tirando Dissidência e Atlético MG, não tem nenhum adversário para nos meter medo nessa competição, embora ainda possamos esperar mais do Palmeiras.
Podemos esperar mais também do Fluminense, que já fez jogos nessa temporada muito melhores do que os disputados recentemente. Um bom exemplo é o jogo de ontem. Fizemos partida muito melhor no primeiro turno, encurralando o mesmo São Paulo durante 90 minutos. Mesmo assim, como a lógica do futebol é própria, empatamos aquele jogo e vencemos o de ontem, que foi totalmente equilibrado.
Marcão precisa urgentemente encontrar uma solução para dar consistência ofensiva a um time com três volantes. Caso contrário, mesmo essa solução estará com os dias contados. Tem alguma coisa muito errada quando o centroavante passa a ser o homem encarregado de dar o último passe. Sorte nossa que Fred, depois de um primeiro tempo ruim, voltou inspirado para a segunda etapa, com uma finalização quente para Volpi defender e uma assistência magistral para Luís Henrique, que vem gastando a bola e agora também resolveu ser artilheiro.
Curiosamente, foi substituído, e Marcão, aos poucos, foi nos condenando a um final de filme de terror, dando a impressão de que o São Paulo empataria a qualquer momento, mas é fato que não empatou, que bom! Apesar de termos terminado o jogo com três zagueiros, três volantes e três laterais. E é muito preocupante quando a forma de defender um resultado é abrir mão do ataque e congestionar nosso campo defensivo.
Verdade seja dita, também, esse time do Fluminense volta a lembrar o do ano passado, quando mostrava um espírito competitivo comovente, mas não pode ser só isso. Não poderá ser só isso quarta-feira, quando o adversário é o Atlético MG e a competição é a milionária Copa do Brasil. Precisaremos de potência no meio e no ataque, mas não poderemos dar ao Atlético o que ele mais gosta, que é espaço para contra-atacar. É um jogo de xadrez inglório para o Fluminense, mas até mesmo isso elevaria o valor da glória em caso de classificação. E da premiação também, que se diga.
Saudações Tricolores!
Sigo o relator.