É CAMPEÃO: Jhon Arias, um monstro (por Paulo-Roberto Andel)

Que ninguém se iluda: assim como falamos do gol de barriga há trinta anos, dos gols de Romerito e Assis há quarenta e da Máquina Tricolor há cinquenta, daqui a décadas muita gente vai falar de Arias, desde já um dos maiores jogadores do Fluminense neste século XXI, ao lado de Conca, Cano, Fred e outros.

Na decisão desta quinta, o atacante colombiano foi implacável. Seu primeiro gol numa cabeçada mortífera remete à grandeza de Assis em 1984. Embora o jogo fosse muito tenso e John Kennedy tivesse sido expulso logo após o gol, parecia que todos tinham certeza de que o Fluminense seria campeão. E o gol de pênalti, em excelente e precisa cobrança, foi uma cruel vingança de 2008 bem ao estilo tricolor – nas últimas voltas do cronômetro.

Decisão é para ser vencida. Mesmo que o Fluminense não tenha jogado de maneira esplêndida, fato é que imprensou a LDU em seu campo e, muito antes de Arias marcar seu primeiro gol no jogo, o Flu dominava as ações de ponta a ponta. E ele, Arias, nós chamamos de atacante por sua natureza, mas é um jogador que parece estar em todos os lugares do campo – ao mesmo tempo. Sua mistura de garra e talento é a mesma das escolas de Conca e Romerito. Tudo nele quer dizer da entrega intensa ao próprio time. Um monstro na acepção da palavra, supremo.

Nesta sexta o Rio faz aniversário. Celebrando a data, os tricolores vão comemorar por todos os lados, e o nome de Jhon Arias será dito em todas as esquinas. Ele é o craque, o artilheiro, o homem decisivo, o aríete que vingou 2008 e 2009 para sempre. A noite desta quinta-feira foi o último round de uma luta de 16 anos. E o final foi apoteótico.

Viva o Fluminense campeão da Recopa! Viva o futebol de garra e talento de Jhon Arias!

1 Comments

  1. Eu e acho que 90% dos tricolores pensamos que o jogo não seria tão dramático e que venceríamos com sobras já que sem o ar rarefeito a LDU não tem mais o efeito de ter super jogadores e a bola corre muito mais rápido e sobe muito para o que nossos guerreiros estão acostumados. Não achei que foi vingança porque isso só ocorreria se fosse em solo equatoriano e nem teria como ser tal com jogadores bem diferentes dos daquela oportunidade, os dois árbitros teriam que ser os mesmos também e a competição da mesma prateleira. Claro que a Recopa em tese é superior à Libertadores pois só após conquistá-la poderíamos chegar a conquistá-la, mas a sulamericana é um caminho. Para quem conquista a sulamericana, sim, é uma confirmação, em tese, de que foram superiores em dois jogos ao campeão da América. Enfim, fomos campeões antes dos outros cariocas e agora podemos mirar nossas forças no tricampeonato…

Comments are closed.