Voltando à programação normal (por Paulo-Roberto Andel)

Passado o puro êxtase com o encerramento da carreira de Fred, o Fiuminense tem uma enorme responsabilidade no jogo de logo mais. Enfrenta o Cruzeiro no Mineirão pela decisão de vaga na Copa do Brasil.

É bom que se diga: o Tricolor tem mais time, a vantagem do empate e, portanto, é favorito à classificação. Contudo, o favoritismo só se confirma dentro de campo.

A diferença de séries pouco ou nada importa: apesar de inferiorizado tecnicamente, o Cruzeiro passa por excelente fase, está a caminho da volta à série A e terá o Mineirão lotado a seu favor.

É jogo sério, pra valer.

Portanto, hora de virar a chave da grande festa iniciada no sábado retrasado. Estamos em outra estação.

A classificação dá mais confiança ao Flu em sua luta pelo protagonismo no Brasileirão, além de garantir mais uma boa grana pelo avanço de fase.

Há muitas coisas importantes em campo nesta noite de terça-feira.

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Enquanto vive grande fase no gramado, nos bastidores o Fluminense segue o caminho de desastres travestidos de glória, caso da aprovação das contas tricolores de 2021, recheadas de ressalvas e questionamentos.

É uma dualidade mais do que incômoda. E precisa ser combatida.

O discurso oficial, geralmente em tom arrogante e professoral, é completamente desalinhado da realidade prática. A grande fase do Fluminense no campo é, acima de tudo, fruto do excelente trabalho da equipe, ainda que com alguns nomes questionáveis, e da comissão técnica.

Se dependesse da direção, o Fluminense teria continuado a 20 km por hora com Cris da Silva, Felipe Melo, Wellington, Willian Bigode e companhia limitada.