Você conhece o Campeonato Cipriota? Não? Então, vou lhe apresentar.
Ele é formado por 14 clubes de futebol e, numa medição de competitividade, ocupa o 22° lugar entre as Ligas Europeias.
Mas onde ocorre a competição? Na bela ilha mediterrânea de Chipre. E aí, você a conhece?
Não? Então, também vou lhe apresentar.
Trata-se de uma ilha com pouco mais de um milhão de habitantes, com grande apelo turístico e com alta qualidade de vida.
Objeto de disputas geopolíticas de outrora, Chipre é dividida entre duas importantes etnias: ao sul, estão os gregos; a norte, os turcos. Essa mistura, sem dúvida, faz da ilha um caldeirão de riqueza cultural.
Na lingua, na gastronomia, no artesanato, na religião, Chipre enche os olhos dos mais desavisados.
Mas, e no futebol? Que eco o futebol cipriota faz na Europa? No Brasil? No mundo?
Absolutamente nenhum porque não é no futebol que Chipre se notabiliza.
Daí a pergunta que me torturou durante uma semana inteira de trabalho e preocupações: o que vai fazer o lateral-esquerdo, habilidoso e destaque no sub-20 do Fluminense, no futebol cipriota?
O que justifica emprestar Jefté ao poderoso time do Apoel?
Talvez seja a mesma lógica medonha, e que não alcanço, de contratar Cris da Moldávia. Ou a mesma perversa de trazer a peso de ouro jogadores machucados e escanteados em grandes clubes brasileiros, a exemplo de Jorge (ex-Palmeiras) e Diogo Barbosa (ex-Grêmio).
Ou, ainda, a covardia de mandar embora jogadores da base sem que muitos tenham tido a chance de jogar no time principal do clube.
Quem lembra de Metinho? Alias, onde está? Também escondido no sensacional futebol belga?
O Fluminense, definitivamente, não é para amadores.
A gestão tricolor merece ser interditada e auditada antes que estejamos no maior fundo do poço da nossa história.
Ou há uma explicação lógica e ética para o empréstimo do garoto que poderia ser a solução para a infeliz lateral esquerda ou, do contrário, tricolores, pode nos sobrar a opção de assistir aos campeonatos cipriota, belga e tantos outros igualmente importantes e atrativos.
A gestão do Fluminense me agride!
Hoje, não tenho vontade de falar mais nada além disso.