Que Fluminense queremos de verdade? (por Owerlack Junior)

 

Essa foi uma semana exaustiva para o torcedor tricolor.

Discutiu-se de fake news sobre mudança de escudo a uniforme dos colaboradores do restaurante do clube, passando por postagem de um jogador ruim nas redes sociais.

Sabe aquela cidade de interior, em que os moradores sentam no banco da praça para debater o novo horário da missa, enquanto o mundo pega fogo? Pois é…

Enquanto isso, alguns clubes no Brasil começam a debater um assunto que, há muito, já serviu de base para desenvolvimento e transformação de grandes potências esportivas em outras partes do mundo.

Falo do DNA de cada clube.

Tal qual uma empresa, o DNA do clube deve ser traçado tendo como premissas as definições de Missão, Valores e Visão.

Esta definição vai alicerçar todo o relacionamento profissional com os entes que interagem com a instituição como investidores, fornecedores, atletas e seus representantes, imprensa, entes governamentais e sua torcida.

Esse DNA será a base, o fundamento a ser considerado no momento de contratar jogadores, treinadores, gestores profissionais e até mesmo para eleger dirigentes.

A partir daí define-se o modelo de jogo que se quer aplicar no clube, desde as suas categorias de base até o elenco profissional.

O processo pode parecer complexo, mas a tecnologia hoje disponível permite facilitar o trabalho.

Nada disso aqui é novidade. Ferran Soriano, ex-vice-presidente do Barcelona e CEO do Manchester City, já nos ensinava em seu clássico livro “A bola não entra por acaso” desde o início da década.

O grande fator para buscar alavancar essas práticas tem a ver com a vontade e disposição política dos dirigentes, porque representa uma quebra total de todo modelo viciado que hoje impera, e também daqueles que aspiram por mudanças nesse quadro em seus clubes de coração.

No caso específico do Fluminense, passa por uma mudança estatutária que permita o clube se adequar à práticas de administração, que valorizem a governança e não a acordos eleitorais para definição de sua gestão.

Somente alcançaremos tal meta se tivermos material humano capaz e disposto a se doar, sem intenções outras, à causa de salvar o Fluminense.

Não será bravateando política paroquial nas redes sociais, mas sim com propostas claras, objetivas e calçadas em experiências vitoriosas que se poderá fazer a revolução necessária hoje para fazer renascer o Fluminense.

O pensamento tem que ser maior, a discussão tem que ser macro. Tem que haver planejamento, trabalho em equipe e olhar para o futuro.

Mas isso passa pela vontade de realmente fazer o Fluminense voltar a ser GIGANTE DE VERDADE, de não ter que ficar contando aos filhos como era o Fluminense e parar a história antes de chegar na parte de como é o Fluminense.

Que os grupos políticos, apolíticos e de tios do zap tricolores acordem, decidindo o que querem de verdade para o futuro do Fluminense.

Panorama Tricolor

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