Vasco e Fluminense.
No Engenhão. Uma prova que, de profissional, nada existe na federação do estado do Rio.
O conforto da torcida fica em segundo plano.
A probabilidade de ter um público maior pouco importa.
A consequência, com um público maior, de ter uma renda maior, tanto faz.
Afinal, parece que os times não estão endividados. Que podem abrir mão de dinheiro.
Pobre torcedor. Pobre futebol.
E o Fluminense entrou em campo sem meio time. Fred, machucado, não jogou.
E time nenhum do Brasil poderia prescindir de um jogador igual ao Fred.
Ainda mais um Fluminense em restruturação e cheio de moleques.
O início foi em 220v.
Lá e cá. Ora perigo do Flu, ora do Vasco.
Aos sete minutos, bola alçada na área do Vasco. Passou por todo mundo.
Logo depois, aos 13 minutos, Andrezinho cabeçeou perto. Susto na torcida tricolor.
Aos 23 minutos, Osvaldo deu uma cabeçada com perigo ao gol do Martin Silva.
Andrezinho cobrou uma falta perigosa aos 25 minutos.
E o jogo continuou aberto, com bons lances dos dois lados.
Mas com 46 do primeiro tempo, no apagar das luzes, um lance de ataque do tricolor.
A bola saiu da defesa, passou pelo Gerson, que partiu pra frente.
Passou pelo Scarpa que trouxe pelo meio e lançou Osvaldo, que entrou na área a chutou.
O chute, mascado, se tornou um passe para o próprio Gerson, que iniciou a jogada.
De perna direita, a perna “ruim” ele deslocou o goleiro vascaíno e fez o 1 a 0.
Pouco depois acabou o primeiro tempo, com nossa vitória parcial.
O segundo tempo começou com o jogo cadenciado e com o Fluminense dominando.
Aos sete minutos, um lançamento em que a defesa vascaína parou, Gérson dividiu com o goleiro.
Lance de perigo para a zaga do Vasco.
Em um contra-ataque, aos 10 minutos, Scarpa cabeceou para fora. Um pecado.
Aos 15, um chute forte de fora da área em que Martin Silva colocou para escanteio.
Até que o Vasco veio para cima.
Em um lance que Riascos pedalou (???) na área, deu um passe para o lado e Nenê chutou.
Wellington Silva tirou em cima da linha. Cavalieri já tinha ficado pelo caminho.
Mas em um contra-ataque tricolor, em um lance de quatro contra dois, um passe errado.
Faltava um capricho um pouco maior para matar o jogo.
Aos 31 minutos, em um escanteio na cabeça do Riascos, ele mandou no travessão.
Um enorme susto!
E o jogo ficou morno novamente.
Bastava ao Fluminense, nessa altura, segurar o jogo.
Em um contra-ataque, Higor Leite entrou na área e caiu.
Cavou. No primeiro lance dele no jogo, recebeu um amarelo. Agora, o vermelho.
Merecido e infantil.
Em seguida o Vasco veio para cima.
Cavalieri defendeu uma bola e “sentiu”.
Na sequência, o Vasco não devolveu a bola. E nem deveria.
Em um jogo frenético, o Vasco veio.
Cavalieri salvou tudo o que podia.
Em um escanteio, Martín Silva veio para a área tricolor. Tentando o empate desesperado.
No último contra-ataque do Fluminense, com o Vasco sem goleiro, Scarpa driblou dois.
Ficou de cara com o penúltimo defensor e lançou Wellington Silva, só para empurrar para as redes.
O zagueiro vascaíno voltou e ele perdeu um gol incrível.
Sozinho, chutou por cima.
Logo depois, o árbitro apitou o fim de jogo.
Festa para o Fluminense, que venceu o clássico e ficou mais tranquilo na tabela.
Tristeza para os vascaínos, que precisam vencer quatro em cinco jogos para não cair para a série B.
A única certeza é de que foi um jogão de bola.
Que me fez voltar ao passado e lembrar de quando só pensava no futebol dentro das quatro linhas.
Panorama Tricolor
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Imagem: pra