Um resgate em três cores (por Paulo Rocha)

Em meio ao descrédito de boa parte da torcida e da mídia em sua quase totalidade, o Fluminense vai resgatando a grandeza abalada nos últimos anos por péssimas administrações. Concordo que apenas estar no G4 não condiz com o tamanho do clube; contudo, é possível ver o desempenho atual como o primeiro passo de uma reinvenção.

Afinal, desde o tempo da Unimed o Tricolor não conseguia manter, por tempo relevante, o seu nome escrito na primeira página da tabela do Campeonato Brasileiro. Entre os postulantes a uma vaga na Libertadores… fazia tempo. Precisamos galgar o longo e pedregoso caminho de volta ao nosso tamanho real.

Não estou aqui para defender ou atacar diretoria, presidente etc. Sou Fluminense e quero ver o bem do clube em primeiríssimo lugar. Nos meus tempos de repórter, acompanhei de perto a política dos quatro grandes do Rio e afirmo: ela fede. Aliás, como a política deste país num modo geral. Gostem ou não, minha opinião é essa.

Voltando ao campo, aspecto que realmente interessa, o Flu parece ter adquirido confiança em si próprio, consciência de sua própria força. Não aquela equipe que recua após sair na frente ou se curva diante de superioridade adversária. Valente, ao menos isso. Que pode até errar, afinal, tem muitos pontos fracos, mas que vem mostrando sede de vitória.

Não sou maluco de achar que os problemas acabaram, que o time do Fluminense é um primor, coisa e tal. Longe disso. Mas estou vendo empenho e respeito à nossa camisa. O treinador pode até não ser um gênio, mas encontrou uma forma de jogar que vem dando frutos.

Como falei na crônica da semana passada, o fôlego será nosso aliado. Jogar apenas nos finais de semana é vital nestes tempos de “futebol intensidade”. Agora, vamos a Fortaleza enfrentar a consistente equipe local e temos amplas condições de triunfar. O Fluminense está voltando a ser respeitado. Que os anjos digam amém.

Panorama Tricolor

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