Um conto de Zanzibar, se for verdade (por Alva Benigno)

Saudações Tricolores. Depois de muito tempo, volto a este PANORAMA TRICOLOR por um motivo nobre: recebi em meu Whatsapp uma carta supostamente escrita por Chiquinho Zanzibar. Entendendo que se trata de material histórico, mandei publicar. Abafaaas.

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Meu Deux…

Nada melhor do que a suitch presidencial do Club 117, na majestosa rua Candido Mendes, para assistir a LIVE do 11° aniversário do Panorama Tricolor…

Voltei às minhas tardes de luxury, transformado pelas baganas de K9 que fumei na noite anterior, fazendo o circuito nas noites cariocas: comecei no Pink Flamingo, na Rodolfo Dantes. De lá e de Uber blaqui, para o Vuvu, da Sorocaba, em Botafogo, cujos drinks me deram uma onda do falecido Cuba Libre… Fiquei lokérrima… Vontade de dançar até a boquinha da garrafa.

Quando dei por mim, era a rainha da pista do Portal Club Rio, no cérebro nervoso da Lapa… Entre as batidas da Pablo, eis que surge a princesinha da balada… Gorda, dona de um corpo mórbido, toda produzida em couro de paca, que disparava em todas as direções. Tão brega que levava uma tatoo da foice enterrada no martelo.

Do nada, me dirigiu a vista de gataleia, filhote de gata e baleia… Pediu que a convidasse a uma bebida… Estava dura, era uma professora desesperada que mantinha um casamento de fachada. E como bixa maizena, afirmou que entrara sem pagar por causa do leão de chácara da boite, o Jaimão, que lhe havia desvirginado.

Perguntei o que ganharia com isso e respondeu: “saí da Penha disposta a TUDO. Sou uma escritora decadente, ninguém me quer”, desabafou, já enfiando a mão por dentro da minha calça, fazendo um X1 com as minha azeitonas de olivas egypcias.

E assim nos encaminhamos para a 117…

Na tela, eis que surge como um tsunami nas ilhas gregas, o Careca Lutador, o espanhol Gonzalez, rude, tosco, ogro, viril, foi o Al Pacino da LIVE… Meu queridu y amadu Michael Corleone.

Me deu tesão… Quase tanto como a mamada da Loi San, cuja voz de barítono desafina quando sai do armário.

Abalou Bangu… Treme a Pavuna… tem rosa e margarida… Até que desponta a Loi San, minha cria preferida…

Loi San pensa que gosta de guerra, mas essa bixa bixérrima geme que nem lacraia. Rasteja por cinco minutos de fama. Gozei e lambuzei, meu bem.