Um circo chamado Libertadores (por Marcus Vinicius Caldeira)

circo

Escrevo esta crônica em homenagem a Kelly Cris e a Victor Cavalcante, que após a eliminação do Fluminense, foram aos prantos… Literalmente!

Kelly e Victor, eu vos digo: este campeonato chamado Libertadores da América não vale uma gota de lágrima nossa. Vem se apresentando como apenas mais um, dada a falta de seriedade de quem comanda o campeonato e da juizada!

Para começar, vou dizer-lhes uma coisa que circula pelas Laranjeiras, embora não possa provar, apesar de que todas as evidências apontem para que tenha acontecido mesmo: em 2008, Hector Baldassi pediu um milhão de reais para apitar em favor o clube das Laranjeiras. O Fluminense negou! O final, vocês já sabem!

Um ano antes, este mesmo Baldassi teve uma arbitragem completamente questionada no jogo que eliminou o Flamengo. O argentino amarrou o jogo em detrimento do Defensor. Lembro-me do meu amigo falecido, Léo Bravo, ter saído do jogo arrasado por entender que o Flamengo tinha sido superior ao Defensor, mas, ter sucumbido diante da arbitragem.

Em 2010, nos classificamos para as oitavas de final no jogo contra o Argentinos Juniors, num pênalti marcado a nosso favor aos quarenta e cinco minutos. Reparem na marcação! Eu estava lá e vi: o árbitro demorou uns cinco segundos até definir o lance.

Este ano, o Corinthians foi eliminado descaradamente pelo trio de arbitragem com erros grosseiros a favor do Boca Juniors.

Ainda esse ano, o Fluminense teve um gol mal anulado em Porto Alegre que poderia ter lhe custado a classificação. Depois, já nas oitavas teve um pênalti inexistente marcado a favor do Emelec e que sacramentou a vitória dos equatorianos.

Pois bem, ontem, de novo um árbitro sul-americano de lingua espanhola definiu uma desclassificação de um clube brasileiro ao marcar um pênalti inexistente para os paraguaios – cópia do pênalti marcado para o Emelec – e ao deixar de marcar uma penalidade máxima claríssima no Samuel.

A impressão que dá é que eles precisam equilibrar o campeonato a favor dos “não-brasileiros” dada a superioridade técnica dos clubes daqui. Some-se a isso ao fato de péssimos gramados, todo tipo de acharque por parte de torcedores e dirigentes, e uma direção CONMEBOL só preocupada com o dinheiro e seus interesses políticos e temos aí o cenário de um típico campenato de várzea. De luxo, porém de várzea.

Mas, não tem jeito: esta é a Libertadores da América, que a partir de agora passarei a chamar de “Libertohorrores”. Se quisermos conquistá-la teremos que entrar para nos superarmos ainda mais. Sem a interferência do juiz, estaríamos classificados. Mas, não é assim que funciona!

Tratarei a “Libertahorrores” como se fosse um campeonato estadual. Quero ganhar um estadual? Sim! Comemoro muito a conquista de um? Sim. Mas, é apenas mais um campeonato! Perdeu, tchau e partamos para outra. Nada mais do que isso! Sem supervalorização da competição ou loucuras pela não conquista! Assim será pra mim, a Libertahorrores, até que se mude este estado de coisas. Como não vai mudar…

De qualquer maneira, ano que vem estaremos lá de novo, uma vez que tenho a convicção de que faremos um belo campeonato brasileiro com chance até de conquistá-lo pela quinta vez!

Querida Kelly, enxugue suas lágrimas que este campeonato de várzea não as merece!

Vemo-nos, domingo, em Macaé!

Rumo ao penta.

Marcus Vinicius Caldeira

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

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