Três semanas mágicas: o tri brasileiro em 2010 – 3 (por MV Scalercio)

Prezado leitor,

Seis pontos conquistados. Liderança mantida.

Ansiedade aumentando.

Seria nossa vez depois de 26 anos?

Primeiro passo: estar presente. Graças ao meu cunhado, foi possível. E a ironia: comprou os nossos ingressos na Gávea…

Óbvio que levou para benzer, para tirar os maus fluidos do local.

Chega domingo. Tinha marcado com meu irmão de almoçar com ele e mamãe na casa dela. De lá, iríamos para o Engenhão.

Almoço inesquecível degustado, partiu estádio.

Deixamos o carro no shopping próximo e fomos andando. A cada passo andado, a cada rua atravessada, um misto de ansiedade e tensão aumentava. E a quantidade de torcedores também.

Entramos e ficamos na última fileira da parte inferior leste, se não me engano.

Aquela atmosfera de que era o dia tomava conta da cidade.

E começa o jogo.

O adversário, Guarani de Campinas, era o mais fraco dos três últimos adversários. Já rebaixado, mas nem isso era garantia de jogo fácil. E não foi.

O time não achava o jogo ideal. Esbarrava na vontade de resolver logo. E isto estava atrapalhando.

O drama começa. E com ele a ameaça de um gol adversário, que chegou perto de acontecer.

Além de olhar o nosso jogo, tínhamos que ficar atentos com os resultados dos adversários diretos.

Mas só dependia de nós o título. E ele veio.

Em una jogada da qual nunca esquecerei: aquele cruzamento, daquele leve toque do Washington e do chute do Émerson por debaixo das pernas do goleiro.

Foi o êxtase!

O tempo passava e esperávamos a hora de acabar um jejum.

Simon, em sua última partida, dá o apito final.

É CAMPEÃO!

Aquela comemoração que simplesmente lavou a alma (São Pedro fez a parte dele, mas exagerou um pouco).

Lembro-me de que eu, meu irmão e meus cunhados caminharmos na volta para o shopping. Colocamos a faixa de campeão no boneco do posto!

O Fluminense era o campeão nacional. Simplesmente o melhor do Brasil, um ano após contrariar a ciência.

Lá se foram dez anos. Quem sabe um dia meu filho tenha a mesma alegria que eu tive naquelas três semanas mágicas…

Saudações
Sempre
Tricolores