São Paulo 2 x 2 Fluminense (por Edgard FC)

O score final, levando em conta todos os senões, pode ser mensurado como bom ou ótimo, a depender da exigência do freguês. Mas quem quer sincericídio precisa fazer radiografia e ressonância, precisa estivar e filetar o jogo que ocorreu há pouco no Cícero Pompeu de Toledo, no bairro elitizado de Morumbi, na grande São Paulo, terra da garoa e intempéries, que só o tempo nos dá.

A escalação era a que se pedia via Fifa, PES e outros apps de games online. Mas a vida real, como nos ensinara, sem soberba, Antônio Abujamra, a vida inteira, é bem mais real do que se projeta, e ele segue a perguntar por aí: e a vida, o que é a vida?

Gonzaguinha nos responderia com mais perguntas, se seria a batida de um coração ou se uma doce ilusão, maravilha ou sofrimento, alegria ou tormento, o que é o que é, meu irmão?

Só sei que foi assim: Fluminense ainda íntegro aos seus princípios mais felizes, roubou bola no ataque, trabalhou, André e Ganso, chegando ao um a zero, de fora da área, dos pés de André, que deveria ter sido escondido por aí, não fosse a lesão do são paulino Hudson, que hoje, em comum acordo, processa o Fluminense, que segundo Mandrake Angioni e Marketing Bittencourt, tinha um compromisso com o médio volante.

O São Paulo, sem muita cerimônia, virou o marcador para dois a um, deixando um gosto amargo de fel, principalmente para quem, como eu, enxerga há tempos, Fábio e Caio Paulista como improvisados em suas funções: Fábio, como titular e Caio como jogador profissional. Fazer o quê? Essa é a rotina do Fluminense de Mário & Peter & Pedro & Roberto & Fábio et al. além de tantos outros comendadores da presidência Tricolor.

O empate veio com Manoel, que vive fase iluminada e teve de segurar o rojão com a ausência de Nino, que segundo publicação oficial, sentiu algo, uma perda terrível, com a coincidência de estra sendo pretendido pelo Fenerbahçe da Turquia, treinado hoje pelo Jorge Jesus, aquele mesmo.

Quem tem Jesus, Ruf Ruf, Bigode e outros Animais Fantásticos no elenco, não se conceitua a brigar por títulos, mas sim por momentos, de luz e de nós, de voz e de sonho, às vezes nos fazem chorar, momentos intensos, momentos demais, momentos imensos, mentiras reais.

Cada desafio pede uma armadura, uma veste, uma beca. Se queremos mesmo brigar pelo título, temos de ler e antever com antecedência o que haverá no porvir.