Roger, a nova ordem tricolor (por CH Barros)

O Fluminense anunciou, neste sábado (27), a contratação de Roger Machado para o posto de treinador na próxima temporada. Substituindo Marcão, Roger tem como principal desafio manter a estabilidade tricolor no próximo Campeonato Brasileiro e conduzir o time às vitórias na Libertadores, ou seja: fazer com que a temporada seja de mais equilíbrio e tranquilidade para a torcida tricolor, presenteada recentemente com uma digna colocação no Brasileirão.

Garra e talento não faltam em Roger enquanto técnico. Com certa experiência à beira dos gramados (de 2014 pra cá, dirigiu Juventude, Novo Hamburgo, Grêmio, Atlético-MG, Palmeiras e Bahia), esteve entre altos e baixos. Logo, é um desafio para ele e uma aposta da parte tricolor.

Do ponto de vista sobre o Fluminense, Roger tem grande identificação com o clube de Álvaro Chaves. Autor do gol épico sobre o Figueirense em 2007, Roger nunca faltou com respeito com a camisa tricolor – assim como Marcão -, compreendendo sua dimensão e a obrigação de levantar títulos, ao invés de comemorar excessivamente classificações.

Além disso, Roger é atuante no combate ao racismo no futebol, vide o seu antológico discurso na partida Fluminense x Bahia, em 2019 – na oportunidade, ele dirigia o tricolor baiano, enquanto Marcão o das Laranjeiras, sendo eles os únicos treinadores negros na Série A -, onde refletiu sobre a escassez de técnicos negros no futebol num país em que mais de 50% da população é negra, entre outras importantes questões que englobam o racismo.

Que ele, portanto, aproveite esta boa oportunidade e saiba dar continuidade ao bom e tão sonhado momento atingido pelo Flu na temporada 2020-21, em harmonia com os jogadores, a diretoria e a torcida. Seu sucesso será o sucesso do Fluminense.