Resende 0 x 2 Fluminense (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas foi uma estreia apenas razoável do Fluminense. Muito sol, muito calor mais um time do Resende disposto a morder a isca e virar refeição do estilo de jogo tricolor.

Começaram mordendo, marcando alto e tentando anular nosso jogo. O êxito durou pouco. Samuel Xavier recebeu um presente de Martinelli, com a defesa adversária vendida, mas o goleiro fez movimento perfeito, fechando o ângulo. Cano pedia o passe, mas não se pode dizer que tivesse razão, porque era uma manobra improvável.

Mais provável era o passe de cabeça para Yago, após cruzamento em elevação do demoníaco Jhon Árias. Esse sim, parece que começou o ano do jeito que terminou o anterior. Só que o zagueiro, tentando evitar a conclusão da jogada, meteu a cabeça na bola e deixou o goleiro mais vendido que jogador da base do Fluminense.

Fluminense 1 a 0, com show de Martinelli e John Arias, que praticamente faziam tudo acontecer num jogo que até teve muitos momentos de Fluminense, como no lençol de André logo no início da partida, que levantou a galera. Ganso desfilava sua maestria em campo, mesmo sem se destacar. E é aí que está a essência do craque. Foi ele sair no intervalo e o time do Fluminense teve uma queda brutal.

Não o suficiente para que o Resende conseguisse chegar com perigo ao nosso gol, exceto em presente de Nino para o adversário, colocando Fábio no jogo, ao fazer grande defesa, evitando o gol rival.

A partida era morna, quase cansativa, sem Dinizball, até que Keno foi chamado para entrar na brincadeira. E Keno brincou como ninguém, rivalizando com Arias e Martinelli na briga pelo título de personagem do jogo.

E só precisou de três ou quatro lances para desequilibrar a partida. Foi dele o passe espetacular para Alan usar a malandragem, passar pelo goleiro e deixar a perna para sofrer o pênalti. Que ele mesmo bateu, com enorme categoria, tirando o arqueiro da foto. Antes disso, Jhon Arias quase apronta a obra prima do jogo. Cobrança de falta da esquerda, lateral da área, a bola pega efeito, vence o goleiro e beija a trave de forma atrevida. A gente já pulava para comemorar o gol, mas ela, caprichosamente, apenas atravessou a extensão da baliza, e foi-se embora, sem nos dar qualquer satisfação.

Dois a zero ficou de bom tamanho. Não se podia exigir tanto mais para uma estreia sob sol escaldante. Tanto mais só ser Portela. Deu para o gasto e Keno foi, no meu entendimento, a grande notícia. Entrou e fez a diferença. Tomara, meu Deus, tomara!

Vamos acompanhando o desenrolar do Flamengão 2023 e observando o desempenho da Academia de Arte de Fernando Diniz. Cara de pré-temporada, bom para fazer análises preliminares. O Fluminense, junto com a Dissidência, é favorito para a conquista do bi. Botafogo corre por fora, depois da evolução na reta final da temporada passada, e por conta da continuidade do trabalho da competente comissão técnica.

Acho que o show de verdade começa terça-feira. Todos ao Maraca!

Saudações Tricolores!