O Fluminense de quase em quase a caminho da America (por Paulo-Roberto Andel)

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O Fluminense está prestes a realizar uma de suas maiores façanhas no século XXI e até mesmo se somado o século XX: conseguir a classificação para a Copa Libertadores nas circunstâncias de 2020/21.

É bom que se diga: nada do que temos visto nesta excepcional pontuação do Brasileirão tem a ver com “gestão”, “trabalho” etc. Pelo contrário: o time titular da diretoria tinha Muriel, Egídio, Henrique, Hudson e Ganso em campo juntos, dentre outros, além das permanentes entradas de Caio Paulista – medíocre mas esforçado – e Felippe Uruboso – que é um a menos em campo.

O andar da carruagem abriu espaço para garotos como Calegari, Martinelli e Luiz Henrique, além de finalmente ver Marcos Felipe no gol, o mais seguro dos goleiros tricolores desde a saída de Cavalieri, o que está longe da perfeição mas também da agonia de ver os frangos dos últimos dois anos e pouco.

O espírito de Luccas Claro, entrando em campo imediatamente após a morte do pai, dá o tom do atual espírito de equipe do Fluminense neste final de campeonato.

Enfim, é uma equipe longe de encher os olhos, mas que faz do pragmatismo o seu oxigênio: vai e pontua. E por isso mesmo, superando todas as limitações, está a caminho da America. Há um certo tom de quase: em todas as vezes que esperamos uma arrancada tricolor rumo à dianteira na temporada, ela empacou. De toda forma, é melhor do que o lote de lutas contra o rebaixamento da década passada.

O que virá pela frente é impossível de se prever. É certo que hoje o Flu não tem o menor favoritismo no continente, mas no cenário atual do futebol sul-americano, toda equipe brasileira na Libertadores merece total respeito, até porque é menos difícil vencê-la do que o próprio Campeonato Brasileiro.

Então, se confirmado estiver – e tudo indica que estará -, o Fluminense vai à festa de gala com o mesmo direito a acepipes e drinques dos demais participantes.

O resto a gente vê a seguir. Vamos à festa.