Quadrilha (por Walace Cestari)

metralhas

As vozes da mídia gritam contra a corrupção. Alguns se dizem indignados e querem mudanças. O país se agita e vende-se uma das maiores crises da história. Longe de mim, que não sou economista, dizer que sim ou que não. Porém, seguramente, todo estardalhaço da mídia esconde sempre interesses particulares.

Por outro lado, o silêncio também. Não denunciar ou esconder as ações de alguns passa pelo mesmo critério da canalhice com que os periódicos costumam agir.

Você aí poderia estar pensando em petrolão, evasão do HSBC, trensalão ou quaisquer desses escândalos que frequentam ou desaparecem das páginas dos jornais. Mas, não. Falamos de futebol mesmo, falamos do falecido campeonato carioca.

Uma competição arrumada, criada para enaltecer vaidades, pequenos poderes e que desnuda os podres comportamentos de velhos e infames conhecidos do futebol do Rio de Janeiro.

Ninguém sabe o que acontece. As decisões no escuro da noite, na surdina dos gabinetes. Não vale o escrito. O que se escreve, quando se escreve, não se lê. E no que se fala, não se crê.

Ninguém manda. Nem jogo tem mando. Só desmando. O clássico vovô tem desmando da federação. A onda é esvaziar os estádios. Fazer tudo para o prejuízo ser grande. Apequenar todos os clubes, para nivelá-los à mentalidade de alguns dirigentes.

Viva a interferência nos contratos. O desrespeito às leis. Para que torcedor? Soltem apenas os vândalos, confinem-nos e deixem-nos criar a barbárie. Circus maximus. Com o mínimo de inteligência.

Viva os suspensórios, o ar fanfarrão e a estupidez do charuto no canto da boca. Viva a imbecilização da imprensa. Viva os comprados, os vendidos. Enfim, o mal venceu.

Que seja breve o campeonato. Que seja o último.

Porque a quadrilha voltou.

Teixeira amava Marin que amava Médici
que amava Viana que amava Lopes que amavam Miranda
que não amava ninguém.

Teixeira foi para os Estados Unidos, Marin para a
presidência, Médici morreu de AVC, Viana ficou para adubo,
Lopes vendeu-se e Miranda tomou o C. Carioca 2015
que não será lembrado na história.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Foto: divulgação

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