Precisamos acreditar, tricolores (por Claudia Mendes)

Desde que o mundo é mundo, cada Fla-Flu gera muita efervescência, que vai ao grau max power. Até Jonh Arias no Flamengo e David Luiz no Fluminense já ouvi nesta semana. Coisas que apimentam o clássico.

Pelo nosso lado, depois da derrota no primeiro jogo da semifinal, a tensão aumentou, lógico. Não somente pelo resultado mas, principalmente, pela postura do time e pelas escolhas do Fernando Diniz. Muito pior agora, depois de confirmada a ausência de Germán Cano. Ganso também está fora.

A questão não é crucificar o treinador e nem fazer de conta que a derrota foi mero acaso, porque não foi. Para esse segundo e decisivo clássico, não tem como escapar. Ou o time apresenta a antiga postura do time pegador e talentoso que conhecemos, ou o que já está difícil vai se tornar impossível. E olha que sou bem otimista, hein?

Os retornos de André e Samuel Xavier nos ajudam bastante. A vitória por 4 a 1 na final do Estadual do ano passado, quando revertemos a vantagem de 2 a 0 da dissidência, é sempre lembrada. Mas os tempos são outros, apesar de não ter tanto tempo assim. Futebol, como tudo na vida, é momento. É inegável que algo aconteceu desde que perdermos o Mundial para o City. Ganhamos a Recopa e não passou disso, com algumas atuações pífias.

Bato na tecla de que o grupo precisa de uma renovação imediata. Temos uma base em Xerém, com títulos em todas as categorias e isso não pode ser deixado de lado. É um tesouro que todos os clubes gostariam de ter. É nosso. Que façamos bom uso, então. Jogadores na faixa dos 35, 40 anos, com experiência, títulos e muita rodagem têm sido importantes, certamente. Só que é hora de pensar adiante. Digo na busca do bicampeonato da Libertadores, no Brasileiro, etc. No olhar para o banco de reservas e não ver opções à altura. Falando em suplentes, Marcelo e JK não podem estar ali. Seja qual for a tática que Diniz tem em mente, seja qual for o adversário. No meu time e de todos os torcedores, titulares são sempre os melhores. E ponto.

Por fim, Diniz é sim o responsável pelo grupo e pela escalação. Nas derrotas e nas vitórias. Ganhar é bom pra caramba e é o que faz sentido no esporte. No futebol isso é super dimensionado porque mexe com paixão e rivalidade.

Vamos em frente, Tricolores. O Fluminense é enorme, capaz de reverter, ressurgir e de ressignificar qualquer capítulo. Precisamos acreditar. Mas planejando o futuro com todo o carinho que o nosso amor merece. Nada termina aqui. Ganhando ou perdendo.