Olho nos jovens tricolores! (por Manoel Stone)

Mais um jogo e nosso time rateando por falta de peças para repor os que estão sem condições de jogo. É triste, mas é verdade que poucos dos que não estão no time titular têm condições de entrar e performar mantendo o nível.

Ao contrário de outros clubes, no Fluminense os garotos que são preparados nas divisões de base têm um caminho difícil, pois a estes são exigidas provas e mais provas de competência e capacidade de performar no time principal, ao contrário de quem venha de fora, cujo caminho ao invés de dificuldades é de tapetes vermelhos estendidos. As chances proliferam, e, independentemente do desempenho, logo estão no time titular novamente. Alguém explica isso? Até agora todas as respostas não são mais convincentes do que a damos a nossos filhos e netos sobre o Coelhinho da Páscoa e Papai Noel. E a que se deve isto? É um mistério!

Alguém aí tem argumento pra me convencer que Marcos Pedro ou Jefté são piores que Alexandre INRI Cristo? Duvido que haja razão realmente técnica que explique, até por que os dois garotos NUNCA foram testados junto ao time titular COMPLETO, que é o mínimo que os garotos mereceriam. Sem falar de Johnny, que está no Red Bull Bragantino e confesso não acompanhar por lá, mas foi em um negócio que certamente não foi proveitoso ao Fluminense e realizado atrás de brumas e sombras, pois esse é o procedimento padrão. E insisto, nenhum dos dois é pior que o Jesus que “não salva”, e o roteiro se repete: foi assim com Wallace, já está sendo com Edinho, Isaac, Freitas, Luan Freitas que ninguém sabe e ninguém viu, Davi (zagueiro da base) e outros tantos que são colocados em um labirinto que não permite rastreamento, nem que sejam tiradas conclusões baseadas na realidade.

Só se sabe que, para serem cuidados com a “varinha mágica” do treinador, alguns têm mais chances que outros. Neste momento, Meninos da Vila estão sendo colocados á frente de Moleques de Xerém, dizem por aí sobre o empresário que tem influência. Prefiro não acreditar que Diniz faça parte dessa narrativa, e os garotos da base do Fluminense estão sendo descartados e/ou preteridos penas por razões técnicas, se bem que em muitos casos não encontro explicações plausíveis para mantermos no banco jogadores ainda não experimentados, nem para descarte de outros que como torcedor fã da molecada de Xerém, gostaria de ver dando opções e, quem sabe, sendo melhores que outros que estão participando de jogos. Se esta é a solução não posso garantir, mas é um caminho, pois fazer as mesmas coisas nunca permite que se espere resultado diferente.

É preciso destruir essa máquina de moer garotos de Xerém e os preterir em benefício de outros mais rodados, que são trazidos de fora e sem garantia nenhuma de desempenho que nos ajude a ganhar o que necessitamos, para garantir o que o clube precisa para estar no rol dos vencedores – o lugar onde o Fluminense merece estar. Creio que, sem Xerém, necessitaríamos do dinheiro que não temos – e quando o tivemos, não soubemos utilizar, vide os 15 anos de Unimed, com poucos títulos para todo o dinheiro injetado no clube, ou não?

Que venha o Botafogo, que Diniz reveja suas preferências e tenha sapiência ao escolher quem coloca no time e no banco, pois alguns que estão em ambos não deveriam nem estar no elenco do clube. Esperar e acreditar é o que resta a quem torce para o Flu, para quem tem seu interior nas três cores que traduzem tradição.

Quie vença o Fluminense! Que venham mais 03 pontos no sábado, pois não canso de repetir que não quero estar certo: o que desejo mesmo é ser feliz. E para isso as vitórias do time bastam.

Saudações a todos os tricolores do mundo.