Com o pé direito (por Marcus Vinicius Caldeira)

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Começamos bem o campeonato Brasileiro de 2015. É sabido que o adversário não era um dos que irão disputar o título – acho até que vai brigar lá embaixo – e que o mesmo jogou com menos um desde os vinte e dois minutos do primeiro tempo. É verdade, o placar foi magro, um a zerinho chorado no fim do jogo. Mas pense: se o placar tivesse sido 4 a 0 para o Flu, não teria sido nenhuma surpresa, tamanha a superioridade tricolor em campo.

Digo mais: adoro esses um a zerinho chorados. Este era o placar do famoso timinho da década de 80 que ganhou tudo no futebol brasileiro. E, mais atrás, o famoso time de Telê e cia. na dácada de 50, onde começaram a chamar o Fluminense de timinho – que, aliás, foi até campeão do mundo. Que continuemos a ganhar de um a zerinho.

Ricardo, nosso treinador, mudou o esquema. Saiu do 4-2-3-1, que não deu liga desde o Cristóvão e foi para um 4-4-2 com o meio em losango, dois volantes de contenção de ofício (Pierre e Edson) e um volante mais adiantado, Jean, que jogou muito como terceiro homem de meio-campo. Acredito que ele rende melhor nesta posição do que de segundo volante, onde deixa sempre um buraco e protege pouco a zaga.

O quarto homem de meio-campo mais avançado foi o jovem Gerson, que não jogou nem trinta por cento do que pode render. E, mesmo com um esquema que parece defensivista, o Fluminense foi ao ataque direto e, mesmo quando ainda estava onze contra onze, já tinha criado chances que não entraram porque o goleiro adversário estava em noite inspirada.

A diferença foi tanta no primeiro tempo que o Fluminense terminou com 65% da posse de bola e executou 13 finalizações – a imensa maioria em gol – contra apenas uma do Joinville.

Para o segundo tempo, Ricardo resolveu sacar Pierre e colocar o meia atacante Robert. A ideia era boa. Para que três volantes com um a mais? A questão é que Robert infelizmente não rendeu e o time parou de chegar com mais afinco ao ataque. Fred pouco recebeu bolas.

Nosso treinador mudou de novo e começou a melhorar o jogo de novo para o Fluminense. Tirou Giovanni, que não jogou nada, e colocou o Wagner. Mais adiante sacou Gerson e colocou o Vinicius. O jogo virou um ataque contra defesa. O time tentava entrando pelo meio e não conseguia. Depois começou a alçar bolas na área, mas todas eram rechaçadas peço ferrolho catarinense.

Então veio a luz. Começaram a chutar de fora da área. Eureca! Primeiro foi Robert, que finalizou mal. Depois Edson acertou um balaço no travessão. Por fim, Vinicius recebeu livre, após Robert puxar a marcação para si com um deslocamento pelo meio, e o meu xará não perdoou. Chute fora da área no canto sem defesa para Oliveira, o excelente goleiro adversário.

Naquela altura, aos quarenta minutos o gol, selava a vitória. Foi só tocar a bola até o final do jogo e comemorar a vitória justa.

Gostei do esquema e da entrega do time. Os mais de vinte mil tricolores também deram show na arquibancada.

Aliás, parabéns à torcida do Joinville que veio em bom número e apoiou o time o tempo inteiro.

Agora, mais uma semana para acertar ainda mais o time e treinar para enfrentar o bom time do Atlético Mineiro.

Vamos com fé para mais três pontos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: pé quente

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