Paulo Henrique GanShow (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, foram lá umas três ou quatro assistências de Ganshow para arremate, todas em condições excepcionais, uma jogada de cinema no primeiro tempo e, ironicamente, o segundo gol saiu da assistência mais improvável. O mérito foi todo do Luciano.

Vejo o GanShow mais adaptado ao modelo de jogo do Diniz, que ainda é o nosso craque maior. Ninguém consegue marcar a nossa saída de bola, ainda que a Cabofriense tenha feito algo diferente dos nossos últimos adversários. Foi levar o primeiro gol, resolveu desafiar o Fluminense e andou arrumando umas encrencas para nossa defesa, que parece ter problemas para se reposicionar. É uma deficiência que precisa ser exposta para ser corrigida e a Cabofriense cumpriu bem a tarefa de expô-la.

Mas o jogo foi do craque. Yes, nós temos pelo menos dois. Pelo menos, porque eu acho que tem mais. Bom que tenhamos Flamengos e Botafogos pela frente, porque é preciso testar esse time contra adversários de Série A. Se os passes do GanShow fossem para o Pedro, acho que a Cabofriense teria levado um caminhão, porque encarar o Fluminense com ousadia é assumir um risco grande.

Minha insatisfação é com o Calazans. Muito precipitado, querendo resolver tudo rapidamente, o que não combina com nosso estilo de jogo. Atuava melhor como meia na época em que se contundiu.

É admirável como o time do Diniz tem paciência para buscar os espaços. Vai mal quando tenta acelerar o jogo a qualquer preço e vai muito bem quando especula, trabalha a bola e, finalmente, encontra os espaços. Não tem outro jeito. Vamos ter que ter paciência, porque vai ser assim o ano inteiro. Espero que seja pelos próximos 20 anos. Aliás, por que não temos ainda uma proposta de contrato de 20 anos para o Diniz?

Nesse aspecto, GanShow já começa a mostrar sua importância. Esteve presente em praticamente todos os momentos em que o Fluminense rompeu a compacta marcação da Cabofriense. Bem verdade que andou ligando contragolpe do adversário por excesso de preciosismo. Diniz precisa atacar esse problema. Não foi só o GanShow. Outros abusaram.

De qualquer forma, é bacana ver o Fluminense jogando um futebol moderno, de luta incessante pela posse de bola, com utilização produtiva desta. Aliás, é bom ver um time brasileiro jogando futebol brasileiro. Não existe esse antagonismo entre jogar futebol moderno e futebol brasileiro. Ao contrário, são dois conceitos que se aproximam e contribuem para valorizar o espetáculo.

Começo a gostar de uma ideia que tenho rejeitado, que é a contratação do Nenê. Se pensarmos como formação de elenco e reforço ao modelo de jogo, acho interessante. Esse Caio Henrique é bom de bola. Acho que os elogios ao Allan são exagerados e que Daniel tem que ser valorizado. Tudo isso converge para a necessidade inadiável que temos de ganhar o Campeonato Brasileiro, que deve ser nossa prioridade. Requer elenco, e acho que nós já temos. É inaceitável que o Fluminense fique sete anos sem ganhar a principal competição nacional.

Continuamos em ritmo de preparação, mas, é bom lembrar, o Flamengão vale uma grana boa. É bom a gente jantar o Boavista antes dos clássicos e disparar na liderança. Pelo dinheiro, é bom ganhar a Taça Rio e levar a vantagem para as semifinais do Flamengão.

Volta logo Pedro, que a Máquina precisa de você!

Eu peço desculpas se não tenho respondido aos comentários. Asseguro que não é pouco caso, só a correria louca que é minha vida. Mas eu juro que vou tentar interagir mais.

Abraço a todos!

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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