Amigos, amigas, como disse Odair Hellmann, o mundo está parando por causa da pandemia de Covid 19. Fluminense e Vasco fizeram um jogo bem à feição para o momento.
O Fluminense entrou em campo para pressionar o Vasco em seu campo, mas o adversário começou, também, com uma marcação muito forte, sempre dobrada no homem da bola.
Com isso, quem teve o controle do jogo foi o Vasco, que não cedia espaços em sua intermediária e, em velocidade, chegou a criar três lances de perigo.
Só que o ímpeto do Vasco foi se desmanchando ao longo da partida, porque há limites para a correria, mesmo em um time cheio de atletas muito jovens.
O Fluminense abriu a contagem na primeira etapa, com uma jogada primorosa. Yago, se não me engano, conseguiu esticar uma bola vertical por dentro. Algo raro no jogo, Wellington centralizou à frente da última linha vascaína, abrindo o corredor lateral para Julião se infiltrar, mas Wellington apenas amorteceu para Nenê dar um passe magistral, por elevação, para Evanilson, que dominou nas costas da zaga e deu um tapa na bola para encobrir Fernando Miguel.
Ficamos praticamente nisso, exceto por uma jogada idêntica, que que Evanilson foi derrubado pelo o adversário quando rumava para novo encontro com Fernando Miguel. Lance para cartão vermelho, mas o árbitro entendeu diferente.
Se o Vasco foi melhor na primeira metade da primeira etapa, o Fluminense foi superior na fase final, mas nada que nos proporcionasse um jogo atraente.
Eu gosto de sublinhar a movimentação de Wellington no primeiro gol, assim como a jogada construída por dentro, porque são momentos raros em um time que alcançou seu melhor momento na temporada jogando com homens de meio e ataque atuando próximos.
Tivemos algumas partidas em que Marcos Paulo atuava centralizado, próximo a Evanilson e Nenê. Tivemos partidas em que Yago atuava avançado, participando da criação por dentro e pelo lado direito. Foi quando o Fluminense cansou de fazer gols.
Só que você pega o time do Fluminense dos últimos dois jogos e vê Marcos Paulo atuando isolado na esquerda e Wellington atuando isolado na direita, sem que os volantes fizessem o trabalho de criação por dentro, porque Yago e Hudson atuavam muito atrás para que os laterais avançassem.
Passamos grande parte do jogo tentando iniciar as jogadas pelos lados, onde é mais fácil para o adversário fechar as opções de passes, porque elas são reduzidas. Como resultado, a bola volta para os defensores e o Fluminense acaba fazendo a ligação direta.
Em outras palavras, Odair parece ter conseguido neutralizar o comportamento que transformava o Fluminense num time intenso e envolvente. O que sobrou foi um time modorrento e sem imaginação, que depende de uma ou outra ideia extraordinária de Nenê.
Se o primeiro tempo foi ruim, o segundo foi deprimente. O Fluminense recuou e trouxe o Vasco para as proximidades da nossa área, chegando a nos proporcionar, com tal postura, alguns sustos, malgrado a falta de imaginação dos vascaínos para atravessar nossas linhas.
Então, o Fluminense atuando dessa forma será presa fácil para times melhores e passará sufoco para vencer times como o do Vasco. O time até melhorou com a entrada de Pacheco, que acabou pegando o rebote da trave em chute rasante de Caio Paulista e cabeceou para marcar o segundo.
Uma vitória sobre o Vasco depois de quase três anos deve ser comemorada, mas a exibição do Fluminense e as ideias do Odair são variáveis preocupantes. É só nós somarmos as oportunidades de gols criadas nas duas últimas partidas, que veremos que o Fluminense deu um enorme passo para trás.
A partir de hoje, não se sabe quando voltaremos a ver futebol no Brasil e no mundo. O que nos resta é torcer para que essa pandemia seja logo controlada e fazer a nossa parte, evitando aglomerações e lugares fechados, porque, ao colocar nossa saúde em risco, estaremos colocando também a dos que nos cercam.
Vamos ver qual será a orientação do site para o período de paralisação do futebol. De minha parte, o que não falta é assunto para preencher o vazio de bola rolando.
Saudações Tricolores!
Panorama Tricolor
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