Para incendiar a arquibancada tricolor (por Leandro Capela)

Nas quatro temporadas anteriores a esta, todo tricolor sabe que torcer para o Fluminense não foi tarefa fácil.

Somando-se o péssimo futebol apresentado, os resultados pífios e a falta de estádio – com esta, convivemos até hoje –, cativar o torcedor se torna praticamente impossível.

Mas hoje, a despeito da última derrota com o time reserva, o futebol é vistoso e os resultados estão vindo.

Temos data marcada – 5 de abril – para voltar ao Maracanã, em uma partida continental contra um adversário estrangeiro. Salvo engano, essa combinação não acontece desde 2009. Nas três últimas Libertadores que disputamos, mandamos jogos no Engenhão ou em São Januário. Já na Sulamericana de 2014, só enfrentamos brasileiro.

É o jogo mais importante do decisivo mês de abril. A torcida tricolor entende isso e temos a chance de colocar nosso maior público da década de 10 – até agora, é de 50.687 presentes contra o Vitória em 2014.

Certamente, a diretoria também entende a importância, tanto é que chamou a responsabilidade de gerir as operações da partida e ter mais possibilidades de receita. Terá que lidar com o desafio de estipular um preço que chame torcedor e que garanta lucro.

Esse jogo tem muitos ingredientes para ser um marco na torcida. É até natural que após os quatro anos anteriores de terra arrasada, sobretudo com a falta absoluta de estádios no Rio, a unidade da torcida – que já era rara – tenha se dissipado.

Mas para que volte aos tempos áureos, é preciso, primordialmente, que ela volte a se unir para incentivar o Fluminense em coro. Sinto que o que falta não é caro nem difícil: diálogo. Com união, quem cresce é o Fluminense.

P. S.: Toda solidariedade ao jornalista tricolor Caio Barbosa, demitido de forma arbitrária no último final de semana. É uma daquelas situações em que, como se diz: vindo de onde vem, é currículo.

Panorama Tricolor

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Imagem: leca