O pão doce tricolor (por Didu Nogueira)

A vaga na Sula tá garantida. E parece que mudaram o regulamento fazendo com que seja mata-mata já na primeira fase. Reza a lenda que por dificuldade na visão, ou mesmo por sacanagem, diretamente das cadeiras especiais Nelson Rodrigues, que escreveria sua coluna após o jogo, perguntava ao Armando Nogueira:

– E então Armando, como vimos o jogo?

Como o Canana, que me acompanhou a São Januário, está longe de ser o Armando Nogueira e o mais próximo de Nelson Rodrigues que consigo chegar é através do meu imenso amor e respeito pelo meu irmão Nelsinho, não vou ter muito o que falar sobre o match.

Tava num churrasco na casa que foi de um enorme tricolor, o Mestre Donga, e de lá já saí meio triscado. Chegando no estádio, mais algumas, assim como lá dentro e aí como se fora um Saldanha da vida, comecei a elaborar mudanças táticas, trocas de posicionamento e propostas definitivas para uma vitória certa e sem sustos. Tirando o Fábio, que é goleiro, não identifiquei mais ninguém.

Bom, além de não estar enxergando bem, “achei uma semelhança com Nelson Rodrigues” já tava cheio de pão doce, açúcar cristalizado, mel de abelha e outros bichos, o jogo foi morno pra não dizer fraco. Ganhamos e provavelmente pegaremos o Olímpia, que já nos desclassificou. Mas isso é pra uma outra crônica.

Minha celebração de 60 anos, que comemoro no próximo domingo, será na Toca do Baiacu na Rua do Ouvidor, 37, a partir das 13 horas. Espero de verdade cada um de vocês. Beijo e Saudações Tricolores.