Pacto pelo Fluminense (por Sergio Trigo)

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Prezados amigos, saudações tricolores.

Comecei a preparar a coluna de hoje rascunhando uma carta aberta aos cinco pré-candidatos à sucessão de Peter Siemsen na presidência do Fluminense. Pré-candidatos, sim. Quem conhece os meandros do Fluminense sabe que não teremos cinco candidatos em novembro. Não dá. Para o bem, ou para o mal.

Joguei fora. O papo não é com eles. É com você, torcedor do Fluminense. De verdade, não sei se quero saber os motivos deles. Quero saber os seus. Peço que pense nos motivos que te levam a torcer pelo Fluminense. Reflita. Procure as razões do seu envolvimento com o clube.

Os muitos títulos? As glórias e vitórias mil? Talvez os números não expliquem tudo. Os nomes, sim. E não são poucos os nomes que explicam o que é o Fluminense. Não é preciso listá-los. Temos uma história repleta de momentos que por si só se encarregam de enaltecer os seus principais personagens.

Qual Fluminense te fez Fluminense?

O vasto leque de opções não me permite arriscar qual tenha sido, mas arrisco dizer que foi um Fluminense que se fazia respeitar como instituição, mesmo quando a bola não entrava. Sim. Houve momentos em nossa história em que a bola não entrou e períodos em que ganhamos menos até do que nos anos mais recentes. E apesar disso, jamais nos apequenamos. O Fluminense impunha respeito como instituição.

Os tempos mudaram. Nós também. Somos roubados em campo e achincalhados fora dele. Somos tratados como párias do futebol brasileiro. Somos desrespeitados como instituição. Colocam na conta do Fluminense aquilo que não nos pertence. Desvalorizam a marca, diminuem o clube, nos roubam títulos e torcida.

E o pior: aceitamos. Assinamos contratos que atestam que somos menos importantes. Não reagimos a esse movimento orquestrado que nos relega a um plano inferior.

Há tempos espero uma reação mais figadal e menos fidalga dos dirigentes do Fluminense contra a poderosa campanha difamatória engendrada contra o nosso clube. Há tempos espero uma reação da instituição. E não me refiro a essa ou àquela diretoria. Isso não é novo, mas se agrava em uma velocidade impressionante. Cansei de esperar.
Não podemos nos resignar. A resignação é um suicídio em doses homeopáticas. Ou o Fluminense reage, ou deixa de existir como clube grande. É isso que eles querem.

E você, o que quer para o Fluminense?
Passa da hora de deixarmos de lado o comodismo, por mais tentador que seja participar via rede social. Não acredite em tudo o que lê! O papel aceita tudo. A internet, também.

Passa da hora de deixarmos de lado preferenciais pessoais, vaidades e disputas de poder. É hora de firmarmos um pacto pelo Fluminense. Passa da hora de discutirmos com seriedade o futuro do Fluminense, sob pena de não termos mais o que discutir no futuro. Apoiado na força de suas tradições, de sua torcida e de sua camisa, o Fluminense há de se fazer respeitado novamente.

E é aqui que entra a participação dos sócios e torcedores do clube.

Independentemente de quem vier a suceder o Peter, precisamos estar nas Laranjeiras, nas arquibancadas, em todos os lugares. Precisamos fazer de cada tricolor um defensor das tradições do Fluminense.

Precisamos protestar, cobrar, boicotar, pressionar. A imprensa e os nossos dirigentes. Precisamos nos fazer ouvir. Seja lá qual for o seu grupo político ou o seu candidato. É hora de ser Fluminense, acima de tudo.

Eu topo. E você?

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @S_Trigo

Imagem: ST

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P.S.: Se você, assim como eu, tem o hábito de guardar os ingressos de partidas do Fluminense, entre em contato comigo. Possuo uma coleção de ingressos de mais de mil partidas do nosso Tricolor e tenho interesse em trocar ou adquirir aqueles que ainda não possuo.