Pacotão de reforços, um museu de grandes novidades (por Manoel Stone)

Estamos repetindo o que fizemos em anos anteriores dessa gestão.

Nos livramos de moleques de Xerém e estamos trazendo o tal pacotão de jogadores, e pacotão por quê? Por que ao fazer um grupo, o “mais ou menos de um” se dilui no “mediano” de outro.

Na realidade, não trouxemos nenhum jogador que esteja em crescente. São todos em descendente técnica e física, pois os anos passando cobram seu preço, e o caminho é para baixo.

Vamos exemplificar: Matheus Martins não é nenhum craque consolidado, mas a cada dia a possibilidade é que tenha uma melhora de suas valências. A cada dia ele vai seguir em sua curva ascendente. Para me fazer entender melhor, a cada dia ele melhora, ele ganha aprendizado técnico, melhora seu físico, cresce a explosão muscular, para resumir cresce como atleta e jogador de futebol. Mas esse foi para “vender” barato.

Em troca trazemos jogadores que ou se usa imediatamente ou vamos ver minguar, pois o relógio corre contra eles e, a cada dia, seus atributos técnicos irão decaindo com a perda de capacidade física. E essa é a lógica que norteia as tomadas de decisão da direção do Clube.

Será que os mandatários do Fluminense têm essa convicção realmente?

O velho é melhor que o novo?

Pelo que temos visto nos últimos anos a banda realmente toca assim lá pelos lados do Laranjal.

É triste, é patético, é perda financeira, só tem a favor os delírios de pessoas equivocadas. Confesso que a vontade é dizer mal intencionadas, mas não tenho provas disso, portanto me abstenho de dizer.

Não esquecer que vários desses jogadores que serão pagos para vir para o Fluminense estão com seus contratos no final, e ao fim desse empréstimo pago, poderiam assinar pré-contrato com o Flu. A pergunta é: se em breve poderíamos ficar com eles de graça, por que pagar e bem caro pelos mesmos jogadores, todos em baixa no clube de origem?

Outro fato que me intriga é a falta de habilidade ao lidar com os jovens ditos “rebeldes”. Queria ver essa safra de dirigentes lidar com jogadores como Romário, Edmundo, Serginho Chulapa, Edilson Capetinha, Djalminha, todos jogadores de personalidade forte. Na certa os liberariam por qualquer tostão ou mesmo grátis, pois só conseguem trabalhar com os cordeirinhos, que são dóceis, seguem ordens quietinhos, e por isso mesmo nunca serão os vencedores. A história prova isso.

A vitória é dos jogadores de personalidade forte, os bonzinhos completam os times, mas quem os comanda dentro do campo são os ditos rebeldes.

Vamos ver o que o futuro nos reserva, mas o início da trilha para 2023 leva ao mesmo caminho de sempre, ou seja: ficar feito moscas sobrevoando em torno dos prêmios, e não passar disso.

Mentes pequenas, tacanhas, não trazem grandes resultados, essa coexistência é incompatível. Mas não se desesperem, nada é tão ruim que não possa ser piorado.

Vendo as contratações chegando, com seus prováveis salários, o que vem à cabeça é “O dinheiro do Matheus Martins não vai durar muito tempo pagando esse povo todo!”.

Para fechar, quem sabe a cereja desse bolo possa ser o Thiago Neves?

Saudações a todos os Tricolores.