Os rumos do Fluminense (por Claudia Mendes)

Sem dó nas minhas palavras: o Fluminense precisa retomar o seu rumo e partir com tudo para o título da Recopa. Foi prejudicado no jogo de ida? Com certeza. Agora perde para o Flamengo, num clássico que não tinha nada em disputa. Mas isso engasga.

O pior é ver o time em dois jogos seguidos sem ações incisivas. Os intermináveis toques de bola não são tão eficientes. Não foram contra o City, contra a LDU e nem contra os rivais. Só a objetividade pode nos salvar na decisão. Agora é um jogo apenas. Em casa, com uma torcida desconfiada e machucada.

Desculpem a minha “quase” revolta. O amor tem dessas coisas e eu amo o Fluminense. Isso tudo talvez porque esteja vendo as coisas saírem dos eixos. Somente a vitória na quinta-feira poderia sanar esse meu (e deve ser de muita gente) descontentamento. Coisas que só o amor é capaz de fazer.

Ser garfado no Equador e perder para o Flamengo, mesmo que cansado da viagem e ainda sentindo os efeitos da altitude, não justifica o desajuste tático da equipe.

Vamos pelo lado prático: se o problema é o cansaço, que descansem; se for para acertar taticamente, que treinem e acertem. Fato é que esse não é o Fluminense que estamos acostumados. Tudo pode ser revisto e Nino faz uma falta danada na zaga e na liderança em campo.

Não se perdeu o encanto, creio. Acho que chegou a hora da conversa. Um papo franco entre Diniz e o grupo. É inegável que ele tem o respeito de cada um ali. Com justiça. O Fluminense é gigante…bem maior que os últimos resultados. Que a conquista da Recopa nos recoloque no prumo. Não é impossível, pelo contrário. Mas o sinal de alerta foi acionado.