Oposição unida: a única chance de salvar o Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

Publicado originalmente em 13/10/2022 neste PANORAMA TRICOLOR.

A pouco mais de um mês de sua eleição, o Fluminense vive um dos maiores desafios de sua história. Ele é praticamente desconhecido porque os grandes veículos de comunicação nada falam a respeito, enquanto a imprensa segmentada tricolor se divide em alternativas que vão do ufanismo panfletário à critica nem tão veemente.

O desafio é simples: o Fluminense está pendurado numa gambiarra jurídica que, se falhar – e tudo indica que poderá falhar -, levará o clube à completa asfixia financeira de curto e médio prazo, decorrência da desastrada vida administrativa tricolor especialmente a partir de 2019.

Qual a gravidade disso? Sem recursos e dinheiro novo, o Flu não somente seria obrigado a queimar todas as suas revelações a troco de mariolas, mas também desonraria seus compromissos vigentes, o que pode acarretar mais uma avalanche de ações milionárias – isso, para um clube recordista nessa modalidade.

Neste exato momento, a oposição do clube tem um dever histórico inadiável: unir todas as correntes e não apenas vencer as eleições, mas impedir que o Fluminense quebre em 2023 ou 24, com resultados imprevisíveis para a manutenção da existência tricolor.

Hora de lucidez. Muitos multimilionários sem um mísero voto devem atentar para o fato. Não basta só o dinheiro, como também não vale enorme popularidade sem um tostão furado. É preciso diálogo e bom senso, já que todos os atores políticos são importantes nesse debate. Todas as vaidades precisam ser menores do que o desejo de impedir a DESTRUIÇÃO do Fluminense.

Não há nenhum alarmismo oco nestas linhas. O modelo atual de gestão do clube, priorizando a vinda de ex-jogadores veteranos com altos salários e comissões em troca da rifa de jovens promessas, é a ameaça de extinção tricolor. Imaginar o Flu em 2024 ou 2025 com 2 bilhões de endividamento é inviável. E ninguém pode levar a sério uma gestão que promete SAF e Libertadores, mas não consegue sequer honrar a própria promessa de voto on line.

É preciso agir logo, antes que seja tarde.