Oportunidades (por Zeh Augusto Catalano)

tarderio

Janeiro.

Rio de Janeiro lotado. Milhares de turistas, gringos ou não, flanam pela cidade. Oportunidade para expor nossos times, lotar jogos, internacionalizar nossas marcas.

Claro que não.

Não há em nenhum dos clubes qualquer programa para atrair pra si esse povo todo que voluntariamente veio pra nossa cidade. Vieram e se vão sem ver um jogo no Maracanã, São Januário ou Engenhão. Gente de férias, com grana pra gastar, loucos para consumir e com tempo para dedicar a eventos culturais. Nada disso é sequer cogitado por nossos clubes.

As oportunidades se perdem.

Enquanto isso, outros buscam oportunidades em nossa cidade. Rio afora pululam training camps de clubes de outros países. Espanyol, de Barcelona, Paris Saint Germain, entre outros, investem caraminguás em euros para promover eventos e escolinhas em nossa cidade. Um único pirralho projeto de craque pinçado desses eventos paga todo o investimento do clube. A preço de banana.

Nossos times de juvenis (depois chamados de juniôres, sub-21, sub-aquilo e pelo famigerado “divisões de base”) não aparecem mais pros torcedores. Jogam em horários esdrúxulos, em locais ermos, longe das vistas dos torcedores comuns. Lembro de conhecer Carlos Germano, Edmundo, Felipe e Pedrinho, por exemplo, dos jogos preliminares do Maracanã.

Perdeu-se isso. O futuro de nossos times é cada vez mais escondido de nossas vistas, provavelmente para facilitar negociações de empresários, que pinçam dos clubes o que eles têm de melhor e plantam nos times de cima o produto de seus investimentos.

Modificar a famigerada Lei Pelé. Por que não? A quem ela interessa?

Falando em oportunidades, a China se torna a Ucrânia da vez e chega ao Brasil comprando quem quiser. E Conca, ao que parece, é a bola da vez. Como conter isso, se nossa economia está no chão, se os clubes não se articulam, se os empresários donos dos atletas desejam vê-los indo embora para forrar seus bolsos?

Parece que Conca está indo. Qualquer um de nós busca a sua independência financeira, o melhor para a sua vida e sua família. Optando por ir, Conca cumpriu seu papel à risca num período conturbado do clube. Foi ídolo. Agiu como tal.

Por último, a especulação do dia: Cícero e Walter migrando para o grande rival. Mais notícia para encher linguiça de um período vazio de emoções.

abraços

Panorama Tricolor 

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