O saldo da ida nas oitavas (por André Horta)

Um empate com sabor de vitória. Assim foi a minha sensação, após o apito final do árbitro chileno na partida desta terça-feira pela Libertadores.

O Fluminense fez um primeiro tempo muito fraco. A escalação do Lima no lugar do Martinelli não se justifica, pois vem jogando muito mal. É um jogador útil, mas no momento não dá pra começar jogando. E o improvisado Felipe Melo segue como titular mesmo com Marlon sendo da posição e muito superior ao volante. Essas aberrações do Diniz podem por tudo a perder no único torneio em que temos chances de levantar taça. O Brasileiro já está perdido.

Dito tudo isso, levamos um gol em falha de Nino, que só ficou olhando o centroavante adversário abrir o placar.

Tentamos com muita dificuldade chegar ao ataque na primeira etapa, mas não assustamos.
Veio o segundo tempo e o professor voltou com a mesma escalação, pois só ele achou que estava bom, para variar.

O infeliz lance que resultou na grave lesão do jogador argentino nos fez perder Marcelo, que era o mais lúcido em campo (o melhor, Fábio, para variar).

Na minha opinião o cartão vermelho foi justo, apesar de ser acidente de trabalho. Sem querer também é falta e pode receber cartão.

Após a expulsão, o Fluminense começou a se movimentar mais. Diogo Barbosa entrou bem. Mas chutávamos pouco a gol. André mandou na trave e, na sequência, por cima do travessão. Keno beliscou a trave e nada de gol para a equipe das Laranjeiras. Pra nossa sorte, o Argentinos não estava afim de aumentar o placar e, com o goleiro expulso, fazendo que um da linha assumisse o posto de arqueiro chutamos mais duas vezes a gol (muito pouco). Num dos chutes, Samuel Xavier fez o gol do empate. O outro estava impedido, em arremate do Léo Fernandez, que entrou bem no jogo.

Podíamos ter tentado mais. Falta ambição. Não conseguimos vencer fora de casa faz tempo. Parece cada vez mais que o objetivo é não ser campeão e, sim, só participar de campeonatos.

Semana que vem é o jogo da volta. Se o professor não inventar e o time jogar um pouco de futebol, a classificação será possível.

Martinelli nunca pode ser reserva desse time.

Basta de Felipe Melo na zaga.

Chega de invenções, chega de improvisos, chega de arrogância.

Queremos títulos e não só participar.