A análise é bem simples. O Fluminense terminou a temporada passada seguramente entre os quatro melhores times do Brasil. É bem verdade que perdemos Matheus Martins e Nathan, que eram o 12o e 13o jogador da equipe. Em compensação, mantivemos Diniz e todos os jogadores que terminaram as competições como titulares, num momento em que apresentamos o futebol mais sólido do ano.

Ao contrário de outras temporadas, o Fluminense esteve longe de se notabilizar por contratações estapafúrdias. Há uma grande expectativa em torno de Jorge, que tem qualidade para ser o lateral esquerdo que temos andado esperando desde a Queda de Constantinopla. A contratação de Guga também faz muito sentido, já que passamos a ter duas boas peças para a lateral-direita. A mesma coisa pode ser dita sobre a promoção de Marcos Pedro ao profissional. E quem tem visto a Copinha deve estar realimentando as esperanças em Jefté.

Keno é um ponto de interrogação. Pode se tornar uma grande contratação, um jogador a mais ou um fiasco. É preciso saber qual é o Keno que está treinando no Fluminense. Espero que o de 2021, quando foi decisivo nas conquistas atleticanas.

Chegaram, ainda, um zagueiro e um meia atacante. Duas apostas aceitáveis, porque jovens e com baixo custo. Quanto ao goleiro, que era reserva do eloquente Marítimo, bom, não podíamos passar sem um garrancho, ou não seria Fluminense. Da mesma forma, quanto mais explicam qual a lógica do empréstimo de Luan Brito para o Porto, de graça, por um ano e meio, menos explicado fica. De mais a mais, se um jogador jovem é pretendido pelo Porto, ele não vale só 4,5 milhões de euros.

Só que agora não adianta chorar o leite derramado, Mário foi reeleito e teremos que aturar esses negócios sem sentido, torcendo para que o rombo, ao final do segundo mandato, não comprometa nosso futuro, principalmente em razão da queima de estoque na nossa base.

Tirando esses aspectos, o Fluminense entra na temporada como bicho papão, com um elenco que começa o ano até melhor do que terminou o ano passado. Tem gente que já chegou, mas ainda falta chegar de verdade. Alan, depois de uma pré-temporada, Michel Araújo, readaptado ao futebol brasileiro, e Alexsander, que só jogou duas partidas no ano passado e mostrou que, além de muito talento, tem personalidade de sobra. Grande reforço para 2023.

Mesmo sem Marcos Felipe, uma perda inaceitável, o Fluminense será muito forte nessa e, caso mantenha o atual projeto, nas próximas temporadas. O sentimento é de muita expectativa por um ano memorável. Quiçá tenhamos um triênio!

O que nós podemos alcançar em 2025? Tudo!