Sábado passado, o Panorama Tricolor completou a incrível marca de um milhão de acessos. Ou seja, desde nosso primeiro “ST”, vocês clicaram um milhão de vezes para ver o que nós tínhamos a dizer sobre o Fluminense, sobre o dia-a-dia, sobre coisas lindas, como o amor e também sobre coisas feias, como o desdém e a repulsa. Eu chamei a marca de incrível porque de certa forma era uma coisa inesperada. Claro que faz parte do funcionamento do blog observar números e estatísticas, mas nunca nos perguntamos como seria chegar a um milhão e nem sequer planejamos isso.

Mas afinal, o que é um milhão? Para os chineses, quase nada. Para os grandes milionários, muito pouco. Para mim, é um orgulho e também lembranças. Lembranças que tem origem, e não poderia ser diferente, no maior mito da comunicação brasileira: o tricolor Sílvio Santos.

No hoje longínquo Domingo no Parque, o Sr. Abravanel perguntava às crianças da época (a imitação é por sua parte): “você quer uma bicicleta ou quer um milhão”? O incauto e desavisado pimpolho, aos berros, pedia um milhão. Eis que o Sílvio entregava um plastificado milho gigante. Ooohhh… Soltava a “surpresa” plateia. E olha que um milhão na moeda da época não era lá essas coisas.

Depois entre a década de 90 e os anos dois mil, o Homem do Baú apareceu com o Show do Milhão. Programa de perguntas que desafiava o participante a seguir no jogo por uma quantia cada vez maior em troca do risco de perder tudo. Show à parte para a participação dos universitários, mas deixemos essa história para outro dia. Ao alcançar a quantia de 500 mil reais, chegávamos à pergunta final. A pergunta de um milhão de reais! Tudo ou nada! Premiação em barras de ouro – que valem muito mais que dinheiro!

Sou capaz de apostar que para você as lembranças sobre um milhão são as mesmas. Depois ele até apareceu como premiação do BBB, mas vamos passar essa página, certo?

E o Panorama Tricolor com isso? O Panorama deixou o milhão pra trás, pegou sua bicicleta e resolveu pedalar com pernas próprias. Cinco pares de pernas, seis pares de pernas, sete, oito… Um time formado, uma família unida. Entra um, sai outro a às vezes fica até gente de sobra pedalando, mas  sempre seguindo em frente. Apostamos nossas fichas, passamos por cada uma das etapas, respondemos a pergunta de um milhão e ouvimos (mais uma vez, a imitação é por sua conta): “certa a resposta”!

Esse um milhão é você. Esse um milhão é cada um que nos lê. De que adiantaria escrever para nós mesmos? Desde o início, o nosso trabalho (e acredite, é um trabalhão) é fazer e compartilhar com todos os tricolores uma coisa bacana, um espaço tricolor. Cada um de nós tem um emprego diferente, tem uma personalidade diferente, uma opinião diferente. Mas somos todos tricolores.

Eu, pessoalmente, tenho muito que agradecer ao próprio Panorama. Graças a ele, hoje eu me sinto mais próximo ao Fluminense do que jamais estive. Graças a ele, tive a oportunidade de conhecer pessoas fantásticas e fazer amizades eternas. Quando o Paulo foi ano passado me recrutar lá no finado Pontapé, eu nunca imaginei chegar a esse ponto. Para mim isso vale mais que um milhão, mesmo que em barras de ouro.

E o melhor ainda está por vir.