O Protagonista (por Mauro Jácome)

232 - 08022015 - O ProtagonistaVira e mexe, Fred volta ao centro das discussões. Às vezes, em situações negativas; às vezes, em positivas. Agora, os tricolores o viram como um dos protagonistas dos bons momentos do time nas duas primeiras partidas do Campeonato Carioca.

Uns dias atrás, na renovação do seu contrato com o Fluminense – o que tirou do caminho a Unimed e uma proposta da China –, vimos muitos comentários por aí, como: “renovou porque não teria a vida boa do Rio em outro clube”, “ídolo! Por outro lado, o Conca…”, “tudo tem um preço e já, já aparece a conta”. Enfim, restrinjo-me a esses três para mostrar os extremos. Aliás, Fred é um cara que divide a torcida e a imprensa. Já falei algumas vezes antes. A renovação é só mais um caso. O que isso que dizer? Nada. Só elucubrações.

Voltando ao lado técnico, dentro das quatro linhas, fiquei surpreso com a sua participação contra o Nova Iguaçu. Poucas vezes o vi com tanta disposição, ocupando um raio de ação tão grande. Aí vem outro comentário que li e que passou pela minha cabeça também: “até quando?”. Mais elucubrações.

Por que Fred apareceu tanto no jogo de quarta? Não foi só devido à sua movimentação e à sua disposição, mas uma questão de abastecimento. Marlone, Vinícius e Wellington Silva fizeram com que a bola rolasse com velocidade e, assim, envolveram a defesa adversária e o artilheiro encontrou o espaço necessário para concluir. Dessa forma, ele é fatal. Guardadas as devidas proporções, não há como não se lembrar da Copa.

Não sei como Cristóvão está vendo isso, mas é preciso preparar inúmeras alternativas de jogo. Jogadas interessantes são logo anuladas, pois todos estudam todos, principalmente, quem está ganhando. Os concorrentes vão atrás. No Brasileiro do ano passado foi assim. Cristóvão entrou, montou um bom esquema de posse de bola, compactação e rápida recomposição, mas parou aí. Logo o anularam e o Fluminense encontrou dificuldades. Espero que nosso técnico tenha refletido sobre seus erros de 2014.

Joias

Não gosto muito desse termo, mas, entrando na moda, espero que o clube segure essa meninada que está surgindo. A não ser que a proposta seja daquelas na estratosfera. Vender só para resolver os problemas imediatos seria uma tremenda burrice.

A situação não está fácil para ninguém, mas se desfazer deles agora não contribuiria para que o Fluminense mudasse de patamar. Pagaria algumas contas, ajudaria a criar caixa para quitar salários, mas e depois? Tudo seria como antes.

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Panorama Tricolor

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Foto: fferj.com

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