O professor aloprado (por Manoel Stone)

E aí professor?

O que foi a exibição contra o Alianza Lima?

E que belo time foi formado pelas suas escolhas?

Nem vou falar de nossa defesa bizarramente capenga, pois vimos o que aconteceu no jogo. Queria saber como foi a conversa com a “turma” do planejamento que fez as escolhas que fez para o elenco que constitui nossa defesa, onde improvisar é a regra, e isso por não existirem opções no elenco. A cada partida fica mais claro que a inconsequência foi a régua que balizou as definições de quem fica, quem vem e quem sai dentre todas as opções do elenco antigo, dos moleques da base e de quem veio de fora. Fato é que não temos defensores que pelo menos sejam chamados de satisfatórios. Na real, só posso dizer: Lamentável!

Que falta de competência do “scout”, se é que existe, da direção de planejamento propriamente dita e do departamento técnico comandados pelo “Mago Merlin”.

Nosso meio campo também tem deixado muito a desejar, e só alivio para os dois moleques da base que resistem até agora. Os “contratados” que vieram ainda nem mostraram que são jogadores inteiros, e a prova está exposta no fraco desempenho que têm apresentado, principalmente na lentidão da transição, no excesso (previsível) de contusões. Se comparado com muitos desse elenco débil, Yago Ferreira torna um absurdo a falta de um minuto que seja jogando no time de cima, alguém é capaz de explicar o motivo disso?

E para complementar, pelo andar das negociações para a renovação do contrato dele, será mais um que sairá de graça, levando seu futebol e deixando para o Fluminense apenas o prejuízo de tudo que investiu e por decisão própria foi jogado ao léu.

Neste momento, a falácia de que faltou tempo para treinar cai por terra, pois os quase vinte dias de treinamentos encerrados ontem são mais do que suficientes para separar o elenco, fazer as preparações necessárias, montar um modo de jogar onde possa encaixar as peças que tem, e principalmente ver o que há de melhor para escalar, sem olhar para qual “nome” as peças carregam. Todos sabemos que futebol não se ganha com nomes, se ganha com desempenho, eficiência e a superação dos limites o que causa a superioridade contra o adversário.

De nada adianta todo o frenesi que Marcelo causa dentre a mídia, seja ela a brasileira ou não, o que tem utilidade é o que ocorre no campo e sejamos justos, no campo esse jogador está deixando muito a desejar. É muita fama, é muito frufru fora do campo, mas dentro das quatro linhas está faltando muito, e de nada servem os trocentos títulos que este ser humano já tenha ganho, pois o futebol que o fez ganhar esses títulos já não existe mais. Triste ver o que acontece com ele e com tantos outros deste elenco, que mesmo sem ter mais o vigor que outrora os fez grandes no futebol. Infelizmente o tempo passa…

Por essas e por outras, é tempo de dizer: Diniz, acaba com isso, tira essa venda e olha para as peças que estão disponíveis e faz o que seja certo. Para de tentar montar o time penando em quem ou no que já foi cada um deles, o time necessita ser montado em vista do que estão jogando todos que estão no elenco, diria até que seria válido fazer voltar outros que ainda podem ser resgatados, e ainda dá tempo de salvar 2024. É só escolher corretamente as peças e montar um esquema onde essas peças rendam, e acabar com esse time que, quando vai para a frente segue com passos de cágado, e quando tenta recompor vem na mesma velocidade com que vai pra a frente, ou seja devagar quase parando…

O problema é que todo esse trelelê deixa transparecer que nosso treinador vai morrer abraçado com esse elenco montado no mínimo com a conivência dele. E o pior de tudo é que se lágrimas existirem, essas serão nossas.