O problema do carro velho (por Manoel Stone)

Conversando com meu mecânico com toda a sua simplicidade, ele me falou: “Um carro velho como esse seu vai viver quebrando mesmo e passando muito tempo aqui comigo. São muitas peças desgastadas, e por mais que a gente esteja sempre trocando umas, outras vão dar problema. O melhor mesmo para resolver de vez o seu problema era o senhor comprar um carro novo ou pelo menos um bem mais novo”.

Logo pensei, pisso me lembra o elenco do Fluminense. Se o elenco fosse uma frota, quantos estariam na oficina todos os dias sem render nada? E quando estivessem liberados já não teriam o desempenho de antes, motor cansado e sem arrancada, mangueiras entupidas, radiador ineficiente, amortecedores gastos, freios deficientes, pneus desalinhados, e tudo que pode acontecer com um carro já bem usado

Concluí que essa frota não pode ser rentável e produzir o que seria possível com carros mais novos ou mesmo novos, e pensei: será por isso que os clubes da Europa só querem jogadores jovens em seus elencos? A comparação entre carros e jogadores é cruel, mas não deixa de ser boa em termos práticos.

E quem é o responsável por isso, o mecânico ou o dono dos carros? A quem interessa manter essa relíquias em ação ao invés de carros mais novos? Quem perde com isso, já sabemos, é o Fluminense, que não consegue desempenho e rendimento satisfatório com o que disponibiliza para alugar (por em campo). Em verdade eu posso dizer não existe ninguém tão simplório na direção do clube que não veja os prejuízos de manter essa frota antiga no “pátio” e não olhar para carros mais novos e até se livrar de alguns que pintam por lá, com certeza alguém tem alguma vantagem com isso, mas quem será esse vilão?

Até parece que algumas pessoas fazem ideia de quem seja e de como essas coisas acontecem, mas é tudo apenas na base da opinião. Na verdade verdadeira, todos sabem quem alguém ganha e só o torcedor perde, pois a cada jogo risível que acontece e/ou sem resultado o coração do torcedor aperta e dói, dói muito.

Me pergunto: o que posso eu, ou melhor, o que podemos fazer para alterar esse estado de coisas, mas na minha cabeça habitam apenas dois neurônios (o Tico e o Teco). Não sou a pessoa indicada para apontar soluções ou ações para dizimar essa “doença” que acaba com nosso clube do coração.

Espero que outros Tricolores mais capacitados que eu pensem, se unam e atuem no sentido de reverter esse rumo danoso que vejo.

Acordem, Tricolores. Temos todos que fazer alguma coisa, temos que salvar nosso clube que está a cada dia mais afundando em um atoleiro gigante tal qual fosse um poço de areias movediças. Situação lamentável

Ainda dá tempo. Mas temos que agir, pois já se ouvem rumores pelos cantinhos escondidos da Laranjeiras que o pensamento é se apossar de vez do nosso clube e aí fazer dele de uma vez por todas o “ganha pão” dessa gente que hoje faz às escondidas. Se os planos derem certo, será tudo devastado e dane-se o clube, dane-se quem verdadeiramente ama É o que menos importa para os usurpadores que estão tomando o clube que tanto amamos.

Acorda, Tricolor, acorda agora para não dormir para sempre!