O preço das férias prolongadas (por Manoel Stone)

E o previsível aconteceu: as férias prolongadas no final do ano começam a cobrar seu preço. Temos vários jogadores visivelmente fora de forma e já na quinta rodada do Carioca.

As causas disso são várias, e a principal delas é esse longo período de férias dada ao elenco do Clube: o que justifica tanta dispensa?

Legalmente as férias iniciaram dia 14/11/2022 e deveriam se encerrar em 14/12/2022. Desde essa data, os jogadores deveriam estar aprimorando a condição física, pois videozinho de exercício para ser feito em casa iria ajudar em que? Estamos vendo TODO o elenco fora de forma e, com raríssimas exceções, poucos atletas estão minimamente bem condicionados.

Podemos indicar Cano, que está visivelmente acima do peso e conseqüentemente sem mobilidade, daí seu desempenho pífio nesses primeiros jogos, e não é só ele não. Olha que não sou jornalista, especializado em condicionamento físico, ou qualquer coisa do gênero, mas tenho muitos anos acompanhando o futebol de nosso clube, e já dá pra saber que vários jogadores estão lentos, pesados, sem mobilidade. Resumindo, sem o necessário condicionamento necessário para a prática do futebol.

Se os trabalhos tivessem iniciado na data correta, com folgas no Natal e Ano Novo, nossos jogadores estariam tinindo e prontos para jogar com a melhor condição possível. Mas os senhores especialistas resolveram iniciar os trabalhos na data habitual de anos sem a anormalidade que aconteceu no final de 2022. Bom, isso somado à chegada dos ditos reforços, que até agora não se mostraram ser reforços para nada, pois estão em condicionamento físico bem piores do que alguém possa imaginar. Isso sem contar que os contratados começam a mostrar que nem são tão reforços assim.

Até agora poderia dizer que Keno já mostrou alguma coisa. Guga mostra pelo menos muita vontade, mas esbarra na falta de preparo para jogar. Ainda não consegui me convencer que Lima tem condições de ser um reforço – entre ele e Yago, só vejo o gol feito por ele em um chute de rara sorte. Erra tanto ou mais que Yago: a vantagem que leva é ser novo e o ranço da torcida ainda não o atingiu.

A pergunta que deve ser feita é: dos ditos reforços, quantos estavam no time titular de ontem? A resposta é ZERO! E por que isso? Vários motivos podem ser citados, vamos lá: Vestiáriocracia, antiguidade, jogador gente boa, excelente ser humano, bom chefe de família, e muitas baboseiras já mencionadas. Um amigo até me passou a informação de que existem lojas especializadas em venda de medalhas, então o Clube deveria comprar as medalhas maiores que pudesse encontrar, e colocar os garotos para as usar – quem sabe assim eles ganham mais chances no time?

Mas voltando a falar sério, vou repetir o que já digo há muitos anos: muitas vezes, necessitamos de SANGUE NOVO no time, mesclando com os jogadores experientes. Está aí o que fazia nos jogos Luiz Henrique enquanto esteve por aqui antes da doação. Agora, quando o sangue novo já é sangue velho, fica previsível que vai render muito pouco.

Não dá para encerrar sem falar sobre o Diniz. Está entre a cruz e a espada. Se está mantendo certos jogadores no time por vontade própria, está assumindo uma teimosia burra que o prejudica e vai consumindo o crédito que acumulou. Se está cedendo às pressões, seja da direção ou de empresários, demonstra que realmente não tem “aquilo roxo” e se deixa dominar por pressões que fazem sobre ele.

Meu pedido é: Diniz, para de teimosia ou de ceder a pressões de terceiros. Se assim o fizer seus erros vão diminuir bastante.

Um abraço aos tricolores, que hoje já podem começar a preocupar.