O futuro(?) tricolor à frente (por Márcio Machado)

Este momento de possível impedimento do presidente Abad é de risco para o futuro do clube e sua manutenção como grande clube de futebol.

Vale o torcedor ficar atento em todas as correntes políticas relevantes do clube, bem como ter cuidado com quem é muito associado a cada uma delas em blogs e sites por ai, por exemplo.

A Flusócio até começou sua trajetória com uma proposta louvável de abrir a vida politica do clube e estimular a entrada de torcedores para o quadro social, propôs e conseguiu a louvável reforma do estatuto para que o sócio torcedor possa votar para presidente. Ok, parece pouco mas não é: olhe para o Vasco, por exemplo.

Contudo, nem preciso citar quantos desserviços ao clube a mesma Flusócio já cometeu, sendo uma oposição nada construtiva – e agora tomando o troco – além da participação direta na desastrosa gestão Peter Siemsen e, por fim, a autoria dessa catástrofe atual que torna o Fluminense um clube do qual até jogadores medianos estão correndo.

Ele tem de sair ontem, mas não é sair por sair também.

Como diz o nosso amigo Paulo-Roberto Andel, sair a Flusocio A para entrar o lado B dela não adianta. A tríade Mário-Celso-Tenório unida ou separada teve alguns sucessos quando sobrava dinheiro, mas nunca realizou uma gestão de verdade. Sem verba, a perspectiva é drubisckiana, por assim dizer.

E como tudo que é ruim sempre pode piorar, eles demonstram que são farinha do mesmo saco com esse jogo de renúncia, assembleia e nova eleição, mostrando que, apesar de toda virulência de parte a parte, quando se trata de defender que a alternância do poder tem de se dar entre eles, rapidamente se unem.

O que é acordado nunca é caro. Se está previsto que o presidente do CDel deve assumir com o impedimento do presidente e a renúncia do vice, que assuma. Seu grupo, que não é tão unido assim (foi ficando com o tempo), nem é forte em voto mas, pelo menos, é uma tentativa de algo diferente na administração do clube o que é salutar no momento.

Continuar nesse modelo atual é, em cinco anos no máximo, se afundar na série B e, em uma geração, virar um Bangu da zona sul.

Não há certeza de nada por ora, mas temos de tentar. Que a torcida se mobilize nesse momento chave.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri